O suspeito de matar a ex-companheira a tiros em Araquari, no Norte catarinense, na noite de segunda-feira (23), foi encontrado morto nesta quarta-feira (25). Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que o homem, que é sul-coreano, tenha tirado a própria vida quando percebeu uma viatura policial chegando na empresa onde ele trabalhava.

"Ele estava armado, a mesma arma que usou para matar a ex-companheira, na empesa onde trabalhavam", disse o delegado Murilo Batalha, que investiga o caso. 

Larice Wagner, de 37 anos, foi morta com tiros na cabeça e na frente dos filhos na própria residência na noite de segunda-feira (23). Larice não resistiu aos ferimentos e morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araquari. Ela foi sepultada nesta quarta-feira na cidade.

A morte dela é tratada como feminicídio. Eles teriam terminado há um mês o relacionamento de quatro anos, mas o homem, de 65 anos, não aceitava o término. 

Desde o dia do crime, o suspeito era procurado e a Polícia Federal foi acionada para monitorar os aeroportos do país. 

Na manhã desta quarta-feira (25), a polícia recebeu informações de que o suspeito estava na empresa, uma multinacional sul-coreana, onde tanto o homem quanto a vítima trabalhavam. 

O corpo dele foi encontrado no pátio da empresa na manhã desta quarta e até as 19h seguia no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville para liberação aos familiares, que estavam vindo de São Paulo. 

O homem morava no Brasil desde os cinco anos de idade, segundo a Polícia Civil. 

Até a manhã de segunda-feira (23), a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP-SC) havia registrado 46 casos de feminicídios no estado em 2020.

Nesta quarta-feira (25), para marcar o Dia Internacional da Não violência contra a mulher, a Polícia Civil anunciou que fará lives com orientações às mulheres para prevenir a violência doméstica.