João Batista Fontanive (Tita) nasceu em 30 de abril de 1942, na cidade de Taió. Casou-se com Elna Fontanive em 30 de maio de 1970, na comunidade de Passo Manso (Taió). Desta união nasceram três filhos: Cátia Regina Fontanive Hilgert, Cristiane Maria Fontanive e João Batista Faber Fontanive. A família cresceu, com a união de Cátia e Irton, e com a chegada do neto Nícolas, além do enlace matrimonial de João Batista (filho), com Chahuana.
Seu Tita faleceu no sábado, 13 de fevereiro, aos 73 anos de idade. Filho de Matilde e Baptista Fontanive, deixou seis irmãos, todos vivos. A mãe de Tita era natural de Rodeio e o pai natural de Luís Alves, ambos falecidos, residiam em Florianópolis.
A canastra e o dominó eram seus maiores passatempos, relata a família de Tita. Ele prezava muitas coisas, dentre elas se destacam a honestidade e a família. Iniciou a participação em movimentos tradicionalistas, mais ou menos em 1985, com 43 anos. Fundou o CTG Nascente do Vale, que por muitos anos, foi o patrão. O nome e a identidade visual do CTG também foram criados por ele, onde o logotipo, expressa a beleza e o verde da cidade de Rio do Campo. Percursor da "Vaca Parada". Fundador e coordenador da 11ª Região tradicionalista de Santa Catarina por seis anos; vice-presidente do MTG/SC - Movimento Tradicionalista Gaúcho do Estado de Santa Catarina; conselheiro da CBTG - Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha. Recebeu inúmeras homenagens de CTGs pelo Brasil a fora.
A empresa, Auto Posto Fontanive foi fundada em 20 de abril de 1975. Comerciante, agropecuarista e investidor no ramo imobiliário, o empresário João Batista, iniciou sua trajetória em Rio do Sul, em 1968 (pois até então, estudava no Seminário), cidade em que morou com a esposa e filhas até início de 1979. Bacharel em Filosofia e Administração de empresas, trabalhou no Besc, INPS, Prefeitura Municipal de Rio do Sul, Maquinária (concessionária Chevrolet). Participou do projeto Rondon, em Jussara (GO), em 1970. Recebeu o prêmio produtividade rural, obteve o título de produtor modelo 1981, pelo seu desempenho no setor agropecuário (rizicultura). Presidente do CDL e Rotary Club de Rio do Campo.
O grande exemplo deixado por Tita, para a comunidade, foi a honestidade.
Em suas viagens, o que mais gostava de fazer, era observar as construções, arquiteturas, e admirava-se com as obras feitas pelo homem.
Dona Elna, não consegue resumir com palavras como era o esposo "Difícil colocar em palavras. Nosso relacionamento era sólido, afinal, foram 48 anos de convivência. Foi um marido amoroso, carinhoso, dedicado, preocupado comigo, com os filhos, neto e genros. Adorava dar-me flores. Rosas vermelhas eram suas preferidas. Poderia ficar falando por dias sobre nosso relacionamento, mas neste momento, é difícil colocar no papel, pois meu grande companheiro e amigo partiu".
Descrever apenas um momento marcante do casal é impossível "Pois foram quatro momentos: o nascimento dos três filhos e do nosso neto", frisa Dona Elna.
Algumas das qualidades de João Batista, mencionadas por Dona Elna são: visionário, íntegro, leal, honesto, sincero, minucioso, correto, detalhista, companheiro, alegre, divertido, cativante, inteligente, amigo, confiável.
A relação com os filhos era de afeto, amor, dedicação total. Embora cobrava deles sempre seus ensinamentos.
Os filhos afirmam "Ele deixou-nos um grande legado. Um maravilhoso caminho, que queremos continuar a trilhar, independente das inúmeras pedras que possam aparecer. Respeito e amor à família e ao próximo".
Os filhos expressam um pouco sobre o pai Tita
João Batista Faber Fontanive "Tita pai era disciplinador, parceiro, companheiro, e grande amigo. Sempre pronto e disposto a ajudar".
Cristiane Maria Fontanive "Íntegro, exigente com os filhos, para que seguissem seu caminho para encontrar a felicidade. Tinha um lema que era 'Os filhos são para o mundo'. Sempre nos ensinou a fazer tudo com dedicação e comprometimento, pois era assim que ele tratava tudo o que fazia".
Cátia Regina Fontanive Hilgert "Tita pai, era meu super-herói, meu esteio, meu porto seguro. Aquele que sempre estava disponível para nos socorrer, ajudar, apoiar, incentivar. Meu grande amigo que sempre colocou a família acima de tudo. Severo com relação a nossa conduta, para que sempre estivesse dentro de seus ensinamentos. Adorava dar e receber carinho. Bastava um olhar para sabermos que havíamos pisado na bola. Amava e era amado pelo neto Nícolas. Amor incondicional".
O momento da partida
O dia de sua partida foi um dia rotineiro "Depois do desjejum, conversou e fez suas brincadeiras com o pessoal do posto, sem deixar as piadinhas de lado. Foi até a fazenda vacinar o gado, e por volta das 11 horas, ligou para lhe buscarem, porque estava se sentindo mal", relata a esposa.
A causa morte foi infarto, e neste trágico momento, ele estava aos cuidados de: Dr. Almir, sua esposa Gi, filha Marcela, fisioterapeuta William, as enfermeiras Lu, Simone e Patrícia, motorista da ambulância Edson e paramédicos do Samu de Taió. Sendo que inúmeras pessoas também estavam no pátio do posto, prontas para ajudar no que fosse possível.
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