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Chico Packer

Crime brutal ainda não foi solucionado, em Rio do Campo

Assassinato de Chico Packer em 2008 segue sem solução

Em 2010, o Jornal A Tribuna do Vale divulgou em sua capa um questionamento: "Quem matou Chico Packer"? Mais dez anos se passaram, e até agora, a pergunta continua a mesma. Segundo informações de Rosane Packer Padilha, sobrinha do saudoso Chico, o crime cometido em 2008 segue sem resolução. Nossa equipe também procurou o delegado da Polícia Civil de Rio do Campo, Juliano Bridi, que não se manifestou sobre o caso até o fechamento dessa edição.

Devido a crueldade, e por, provavelmente, mais de uma pessoa ter cometido o brutal assassinato, causa estranheza nos familiares que pouco, ou nada tenha sido descoberto até o momento. Para Rosane, a troca constante de delegados na comarca da cidade, pode ter prejudicado o andamento das investigações.


Quem era Chico Packer

Francisco Packer era uma pessoa muito conhecida em Rio do Campo. Foi um indivíduo que ajudou no início do município, abrindo um estabelecimento comercial onde acabou residindo até o fim da vida. Trabalhava como ferreiro. É possível que todas as famílias de Rio do Campo contem com pelo menos uma ferramenta confeccionada por ele.

Chico era casado com Irma Packer com quem teve seis filhos, alguns deles já falecidos. Ele também gostava muito de ouvir música italiana e falava o idioma fluentemente. Era extremamente devoto, pois todos os domingos estava na igreja. Depois de mais de doze anos de sua morte, os familiares pedem por justiça.



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Capa do Jornal A Tribuna do Vale em 2010




Relembre o crime

Francisco Packer estava em boa forma aos 76 anos de idade. Para trabalhar não tinha hora nem lugar, pois sempre estava disposto. Minutos antes de sua morte, Chico estava fazendo uma cerca, e a família acredita que naquele momento Chico teria sido chamado por um dos seus assassinos para entrar num rancho.

Ao entardecer do dia 13 de fevereiro de 2008, aconteceu o assassinato que possivelmente tenha sido o mais brutal da história de Rio do Campo. Homens mataram sem dó e nem piedade um idoso que trabalhou sua vida toda. O motivo do crime: dinheiro. Ele foi apunhalado brutalmente na cabeça com pé-de-cabra e uma machadinha. Seguraram os dois braços do idoso até que ele morreu.

As armas do crime nunca foram encontradas e provavelmente ele mesmo que as fez, já que era ferreiro por profissão. Os vizinhos de Francisco encontraram o seu corpo. A última visão que teve em vida foi dos rostos dos assassinos, pois Chico morreu com os olhos abertos. Pela posição do seu corpo, lutou até as últimas forças para se defender.

Os assassinos aproveitaram que Francisco estava com a perna quebrada, pois havia se machucado com uma rotativa (implemento agrícola) e ainda estava se recuperando.



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Capa do Jornal A Tribuna do Vale em 2020




O dinheiro na vida de Chico

Chico era uma pessoa que trabalhava muito e era muito econômico. Gostava de juntar dinheiro. E muitas pessoas sabiam que ele tinha uma boa quantia guardada e vinha pedir empréstimo. O bondoso e saudoso homem acabava emprestando para pessoas conhecidas e cobrava juros.

Acostumado ao sistema antigo fazia cobranças sozinho, só recorrendo à justiça quando não havia outra maneira de cobrar. No dia do assassinato, Chico teria feito uma cobrança de valores altos e era acostumado a levar uma quantia razoável de dinheiro, sempre consigo, sendo que naquele dia não teria sido diferente.

A família acredita que as pessoas pensavam que Chico tinha muito mais dinheiro do que realmente possuía, o que pode ter chamado a atenção dos bandidos.


Familiares ainda acreditam na resolução do caso

A justiça tarda, mas não falha. É a linha de raciocínio de alguns familiares de Chico Packer. Caso você tenha alguma informação sobre este crime, procure os policiais civis ou militares do município. Apesar do crime ter ocorrido em 2008, quem conheceu Francisco, ainda crê que esse caso terá um desfecho com a prisão de uma ou mais pessoas.


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