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Todos os anos, a Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), por meio da ?Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla? abre debates e coloca a sociedade em reflexão no dever da igualdade para inclusão. Neste ano a campanha acontece entre os dias 21 e 28 de agosto.
Com base no tema: ?Pessoa com deficiência: direitos, necessidades e realizações?, as APAEs têm como objetivo quebrar tabus e vencer as barreiras da desigualdade, lutando pelos direitos das pessoas com deficiência, que têm a necessidade de apoio em diversas áreas: social, familiar, escolar, trabalhista e etc, para que a inclusão se torne efetiva e as pessoas com deficiência se tornem mais preparadas e amparadas diante das dificuldades da vida.
Na Apae de Rio do Campo a ?Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla? está mais que especial. Um dia marcante, desta semana, foi a quarta-feira (23), onde ocorreu no salão paroquial o encontro entre os alunos e profissionais da instituição com as famílias.
Apresentações, músicas, comida, muita emoção e animação envolveram todos os participantes neste dia, que é chamado ?Dia da Família na Escola?.
Marcelino Oderdenge, viúvo, é pai de Márcio, de 39 anos, que é especial. Marcelino conta que seu filho faz parte da Apae desde a fundação ?Quando abriu a Apae em Rio do Campo ele já entrou. E já participava em Taió por dois anos?.
Sobre a importância da instituição, Marcelino afirma com veemência ?A Apae para mim é tudo. Se não fosse a Apae, as coisas seriam complicadas. Marcio vai para a Apae, sabemos que ele está ali e está sendo bem atendido. Então para nós é algo especial?.
A família de Marcio percebeu que ele era especial, quando ele iniciou na escola ?Percebemos na Escola que ele era especial. Desde os primeiros anos notávamos que ele não aprendia e então o tiramos da escola. Levamos em médico, onde foi descoberto. Ele cresceu, mas seu cérebro não acompanhou o desenvolvimento. Ele tem um cérebro de criança ainda. Por causa disso ele vai para a Apae?, explica o pai.
Mesmo diante de uma situação delicada, Marcelino conta que a família compreendeu logo de início ?Não foi difícil. Temos que aceitar o que é. Não adianta dizer que não. Para mim não foi difícil. Está certo que é um pouco diferente, mas não foi difícil?, comenta.
?Marcio não precisa de nenhum cuidado diferente. É todo normal?, explica o pai.
Lamentavelmente Marcelino relata que seu filho já enfrentou preconceito ?O Márcio já sofreu preconceito por ser especial. Mas a gente não dá bola e deixa para lá?.
Acima de qualquer preconceito, Marcio transmite lições de vida por onde passa ?Ele passa uma lição para nós e para os outros, ele não é aborrecido, é sempre alegre. E apesar de trabalhar, ele para pouco em casa, geralmente no domingo mesmo. Mas por fora, ele é bem alegre e o pessoal todo gosta dele?, relata o pai.
Ao falar do amor pelo filho, Marcelino é firme ?Isso não tem nem palavras para dizer. Filho é filho?.
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