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Para algumas crianças, a transição da educação infantil para os anos iniciais do ensino fundamental é um momento difícil, em que o lúdico deixa de prevalecer para ingressar em um ambiente de regras e ordens, algo mais sério. Agora, imagine essa transição sendo quase que imediatamente substituída por outra: "as aulas virtuais".
"Pois bem, esses foram nossos desafios no primeiro semestre do ano de 2020. Em princípio, as atividades eram desenvolvidas na escola a partir de histórias e brincadeiras, auxiliando nessa transição, na construção e na ampliação de conhecimentos e interações, favorecendo o desenvolvimento da aprendizagem formal", explica a Professora Dionéia Cardouzo da Escola Municipal Prefeito Hilário Preis de Rio do Campo.
Contudo, de repente iniciou-se a quarentena devido à pandemia da COVID-19, em que as aulas presenciais foram suspensas, as escolas fechadas e o distanciamento social foram as alternativas adotadas para o controle da disseminação do vírus, até então desconhecido. "A partir de então, a consistência do presencial deu lugar ao desafio das aulas remotas, através de recursos como o Portal do EDUCACIM, em que os professores já trabalhavam, mas sem o livre acesso dos alunos e familiares", comenta Dionéia.
Nesse novo período as tecnologias entraram em cena mais do que nunca. "Os grupos de WhatsApp estreitam a união entre professores/pais/alunos, e as vídeo-chamadas, que foram essenciais durante as avaliações realizadas recentemente para o fechamento do semestre, se tornaram também um momento ímpar, em que vi as "janelinhas" nos sorrisos de alguns, o nervosismo de outros, a calmaria, a felicidade, a preocupação... Cada um com seu jeitinho único", menciona a professora. Dionéia leciona para turmas do 1º ano, matutino e vespertino.
Para os alunos que não possuem acesso à internet, as estratégias utilizadas pelas professoras foram diferenciadas. "Foram necessárias as visitas domiciliares com as devidas precauções exigidas de higiene e saúde; ocasiões essas, onde foi nítido perceber a dificuldade que as crianças têm nessa idade escolar em se manterem distantes, correndo para um abraço, mesmo não podendo", diz Dionéia.
É um ano atípico em todos os sentidos, que vem acendendo a necessidade de os professores se reinventarem e descobrirem maneiras para que todos os alunos participem, sem deixar ninguém para trás. "E qual a fórmula secreta para que tudo ocorra de maneira positiva se temos que nos manter afastados socialmente, em que a escola, lugar de convivência e aprendizagens está com as portas fechadas? As respostas são: persistência, comprometimento e amor. Amor pela profissão e pelos alunos", finaliza Dionéia.
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