
Papa Francisco morreu de AVC e insuficiência cardíaca, diz Vaticano

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O cardeal Jorge Mario Bergoglio em fevereiro de 2013 na Argentina — Foto: Juan Mabromata/AFP -
O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (21) que o papa Francisco, de 88 anos, morreu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível. A morte ocorreu às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília), em sua residência na Casa Santa Marta, dentro do território vaticano.
Segundo o boletim médico oficial, o AVC foi súbito, seguido de um colapso cardiocirculatório. O estado de saúde do pontífice já era considerado delicado devido a uma série de comorbidades, incluindo pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A confirmação do óbito veio após a realização de um eletrocardiograma.
Francisco havia passado 38 dias internado entre fevereiro e março para tratar uma infecção pulmonar grave. Após a alta, continuava em tratamento médico intensivo em casa.
Legado de Francisco
Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa em 13 de março de 2013, tornando-se o primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história. Seu papado foi marcado por uma forte defesa dos pobres, ações de reforma na administração do Vaticano e abertura ao diálogo com questões contemporâneas, como os direitos LGBTQIA+, o papel da mulher na Igreja e o acolhimento de imigrantes.
Conhecido pelo estilo simples e pelas declarações progressistas, o papa Francisco também buscou aproximar a Igreja das periferias sociais e espirituais, inspirando fiéis e desafiando setores mais conservadores do clero.
Cerimônias Fúnebres
A morte de Francisco foi anunciada oficialmente ao som do sino da Basílica de São Pedro. Multidões de fiéis e turistas reuniram-se na Praça para prestar homenagens.
As cerimônias fúnebres começaram ainda nesta segunda-feira, com missa na Basílica de São João de Latrão. O corpo será transferido para a Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (23), onde será velado publicamente. O enterro ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, conforme desejo do próprio pontífice, que pediu um sepultamento simples com uma lápide que traga apenas a inscrição: Franciscus.
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