A esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado, é uma condição caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Embora muitas vezes não apresente sintomas nos estágios iniciais, trata-se de uma doença que pode evoluir para quadros graves como fibrose, cirrose e até câncer de fígado, se não for tratada corretamente.

Mesmo sem sintomas aparentes, a esteatose hepática não deve ser ignorada. Por isso, é fundamental procurar um médico para avaliação clínica e realização de exames, principalmente se houver fatores de risco ou desconfortos persistentes na região abdominal.

Sinais de alerta: sintomas da esteatose hepática

Nos estágios iniciais, a doença é silenciosa. Porém, à medida que avança, podem surgir sintomas como:

  • Dor no canto superior direito do abdômen
  • Cansaço frequente e sem explicação
  • Perda de apetite ou de peso sem motivo aparente
  • Sensação de fraqueza
  • Aumento do volume do fígado

Em casos mais graves, podem ocorrer:

  • Inchaço abdominal (ascite)
  • Confusão mental ou dificuldade de concentração
  • Pele e olhos amarelados (icterícia)
  • Sangramentos incomuns e queda nas plaquetas

Importante: se você apresenta um ou mais desses sintomas, procure imediatamente um médico. Apenas um profissional de saúde pode confirmar o diagnóstico por meio de exames adequados.

Tipos de gordura no fígado

A esteatose hepática se divide em dois tipos principais:

Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)

Comum em pessoas que não consomem álcool, mas apresentam fatores de risco como:

  • Obesidade
  • Diabetes tipo 2
  • Colesterol alto
  • Síndrome metabólica

Esteato-hepatite alcoólica (EHNA)

Causada pelo consumo excessivo de álcool, que danifica o fígado e favorece o acúmulo de gordura.

Em ambos os casos, o acompanhamento médico é indispensável para monitorar a progressão da doença e evitar complicações.

Como a esteatose hepática é diagnosticada?

O diagnóstico é feito por médico especialista, geralmente hepatologista ou gastroenterologista, e envolve:

  • Exames de sangue para avaliar enzimas hepáticas
  • Exames de imagem, como ultrassonografia
  • Elastografia hepática, que avalia a rigidez do fígado
  • Em alguns casos, biópsia hepática

Não tente se autodiagnosticar. Mesmo que você não tenha sintomas, apenas um médico pode confirmar a presença de gordura no fígado e indicar o melhor tratamento.

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Existe tratamento para gordura no fígado?

Sim. Quando diagnosticada precocemente, a esteatose hepática pode ser revertida com mudanças no estilo de vida:

  • Alimentação equilibrada e com baixo teor de gordura
  • Prática regular de atividades físicas
  • Controle do peso

Em estágios mais avançados, podem ser necessários medicamentos e, em casos extremos, até transplante de fígado.

Nunca inicie qualquer tratamento sem antes consultar um médico. Automedicação ou dietas restritivas por conta própria podem agravar a situação.

Como prevenir a esteatose hepática?

A prevenção passa por hábitos saudáveis, como:

  • Reduzir o consumo de álcool
  • Manter o peso ideal
  • Fazer atividades físicas regularmente
  • Controlar doenças como diabetes e colesterol alto

Estudos mostram que perder de 5% a 10% do peso corporal já pode ajudar a reduzir ou reverter o acúmulo de gordura no fígado. No entanto, essas medidas devem ser sempre orientadas por um profissional da saúde.

A esteatose hepática é uma doença séria, mas que pode ser controlada e até revertida com diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida. No entanto, jamais substitua o acompanhamento médico por informações de internet.

Se você identificou algum sintoma ou tem fatores de risco para gordura no fígado, não adie sua consulta médica. Apenas um profissional poderá avaliar com precisão, solicitar os exames corretos e indicar o tratamento mais adequado para o seu caso.