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Com lágrimas e homenagens Chapecoense retoma os jogos

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O sábado, 21, começou com uma atmosfera diferente em Chapecó. O clima era de esperança. O tempo? Fazia sol. Era dia de recomeço. Dia de apresentar a nova Chapecoense à apaixonada torcida. Dia do Verdão do Oeste voltar a pisar no sagrado gramado da Arena Condá. Dia de fortes emoções.

As homenagens tomaram conta do espetáculo. Para iniciar, os sobreviventes da tragédia com o avião da Chapecoense entraram em campo para, finalmente, receber a Taça da Sul-Americana. Follmann, de cadeira de rodas, empurrado por Nivaldo e ladeado por Alan Ruschel e Neto, se posicionaram no centro do campo para levantarem o troféu. Além dos sobreviventes e de um dos maiores ídolos da história do clube, atletas que já compunham a equipe da última temporada participaram do momento, que foi repleto de emoção. Atrás deles, esposas, filhos e demais familiares dos atletas, comissão técnica, diretoria e convidados que estavam no voo receberam as medalhas da Sul-Americana e medalhas de mérito da "Família Chapecoense". Na sequência, atletas das categorias de base e crianças da escolinha do Verdão entraram em campo para apresentar a nova Chape. Saudando as arquibancadas e vibrando no ritmo da torcida, os jogadores que irão compor o elenco do time na temporada 2017 - e carregar a imensa responsabilidade da reconstrução do clube - foram apresentados.

O jogo também foi um espetáculo a parte. A partida já começou eletrizante, com a Chape indo pra cima e criando boas oportunidades. O placar, no entanto, saiu do zero com gol do Palmeiras, aos 11 minutos, com Raphael Veiga recebendo boa bola de Egídio, pela esquerda, e estufando as redes do goleiro Artur. Mesmo com o revés parcial, nem a torcida e nem o time da Chapecoense desanimaram e, três minutos depois, o placar foi empatado. E quis o destino que o primeiro gol da nova Chapecoense fosse de Douglas Grolli, zagueiro que foi formado pela Chapecoense e, depois de algumas passagens por outros clubes, retornou a Chapecó para, incontestavelmente, renovar as alegrias e as esperanças do torcedor.

Aos 36 minutos de partida, após rebote do goleiro Fernando Prass, Wellington Paulista anotou para a Chapecoense, exaltando, durante a comemoração, o número 9 da camisa, que era utilizado pelo artilheiro Bruno Rangel. O gol, no entanto, foi anulado pela arbitragem, que alegou impedimento. O jogo seguiu em bom ritmo, mas o primeiro tempo terminou empatado em 1x1.

Para a segunda metade do jogo a equipe do Palmeiras aproveitou a liberdade de alterações para reformular todo o time. A Chape também alterou alguns atletas, mas foi Amaral - que iniciou como titular - o responsável por colocar o Verdão em vantagem, já no primeiro minuto da segunda etapa. O técnico da Chape, Vagner Mancini, também colocou em campo a maioria dos jogadores do novo elenco. Aos 26 minutos do segundo tempo o jogo foi paralisado - por se tratar de um amistoso - para uma homenagem que deve virar ritual em todos os jogos do Verdão na Arena Condá: a torcida cantou, por um minuto, o emblemático "vamos, vamos, Chape". Na sequência do jogo, o Palmeiras, por estar perdendo, passou a jogar mais à frente, e conseguiu igualar o placar aos 33 da etapa complementar, com gol de Vitinho. Placar final de 2x2 no "Jogo da Solidariedade".

Após o jogo, o técnico Vagner Mancini se mostrou satisfeito com o desempenho da equipe - considerando as circunstâncias - e afirmou ter ficado satisfeito com a postura do elenco que, conforme ele, fará a torcida jogar junto com o time.

O público da partida beneficente foi de 14.988 torcedores, totalizando uma renda de R$ 852.415,00. Boa parte desse valor será destinado às famílias das vítimas. Para o Diretor de Futebol da Chape, Rui Costa, a torcida fez a sua parte.

- O torcedor foi extraordinário desde o momento em que saímos do hotel. Podemos constatar, hoje, que conseguimos conquistar o que desejávamos tanto, que era criar uma sinergia entre time e torcida - afirmou. 

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