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Análise: Corinthians vai mal na criação, mas tem estratégia premiada contra a Ferroviária

  • Célio Messias / Agência Estado - Gustagol comemora o gol sobre a Ferroviária

Timão evita derrota e chega a 11 jogos de invencibilidade

O Corinthians jogou mal e arrancou o empate em 1 a 1 com a Ferroviária, no fim do jogo, graças à estrela de Gustagol. Mas não só por isso. O Timão também foi premiado pela estratégia de pressionar a saída de bola da equipe do interior, implementada desde o começo do jogo e que surtiu efeito no lance do gol, que começou em roubada de bola de Clayson sobre Diogo Mateus.

Ciente de que a Ferroviária costuma sair da defesa para o ataque com a bola no chão, contando com o apoio de seus volantes, que recuam para auxiliar os zagueiros, o técnico Fábio Carille fez com que o Corinthians adiantasse suas linhas de marcação, algo que já havia sido executado contra o Santos.

É fato que na jogada do gol há também contribuição de Diogo Mateus, que cometeu enorme vacilo, mas a bola não teria sido recuperada se Clayson não tivesse acreditado na jogada e pressionado a saída.

Até então, o Timão vinha forçando erros de passes e até chegou recuperou bolas no campo de ataque, mas essa estratégia vinha surtindo pouco efeito. 

Na verdade, quase nada estava dando certo para o Corinthians até o gol. A equipe, agora invicta há 11 jogos, teve atuação muito ruim, sobretudo na criação. 

Quando recuperava a bola no campo de defesa, o Timão saía para o ataque com muita lentidão, o que facilitava a recomposição da Ferroviária. Contra um adversário bem fechado, os corintianos rodavam a bola de um lado para o outro e não encontravam espaços.

Além da falta de velocidade, a equipe sofria com muitos erros de passes e atuações apagadas dos seus principais articuladores por dentro, Júnior Urso e Sornoza.

O Corinthians também sentiu a ausência de Fagner para iniciar as jogadas. Michel Macedo, que substituiu o lateral que está na Seleção, não conseguiu ser uma válvula de escape como é o camisa 23.

Neste cenário de falta de criatividade, o Timão só conseguiu chegar ao gol da Ferroviária em jogadas pelo alto. O fato de as principais chances do primeiro tempo terem saído com o zagueiro Manoel dão uma ideia de como foi ruim a atuação. 

Percebendo isso, Carille mexeu no segundo tempo. Primeiro colocou Gustavo no lugar de Pedrinho e manteve o desenho da equipe, com Vagner Love passando a atuar na ponta direita. Depois, o técnico foi mais ousado, e trocou Ralf por Jadson, deixando o Timão mais ofensivo.

Houve uma ligeira melhora, mas, como o próprio Carille admitiu, o Corinthians não fez muito por merecer o empate.

O Timão segue como favorito no confronto, mas precisará jogar melhor na quarta-feira, em Itaquera, para garantir a classificação para a semifinal do Paulistão.

Por Bruno Cassucci - São Paulo

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