A cirurgiã dentista, Naiara Helena Garlini Baldo, de 24 anos, é irmã da Isabela Garlini, de 14 anos. São naturais de Rio do Campo, filhas de Valmor Garlini e de Aparecida de Fátima Capistrano Garlini.
Ambas começaram a cantar quando tinham nove anos de idade "Depois eu fui aprimorando um pouco mais com aulas de técnica vocal", afirma Naiara.

Naiara conta como surgiu o interesse pela música "Eu na verdade fui influenciada em um curso de dança, quando cheguei no curso de dança, na verdade era um curso de aula de teclado e a partir daquele momento meus pais começaram a fazer aula comigo para me incentivar, porque eu era muito nova, tinha apenas 8 anos. Depois disso comecei a criar gosto pela coisa, fui bastante incentivada e acredito que a partir daquele momento tornou-se algo presente em minha vida". Já Isabela sentiu interesse quando iniciou aulas de violão "Eu observava minha irmã e queria aprender a cantar também".

O incentivo sempre foi dos pais, dos familiares "Qualquer evento que tinha na família, mesmo que fosse uma ou duas músicas, todo mundo incentivava, parava para olhar, bater palma, então foi um grande incentivo familiar", relata Naiara.

Naiara fez aula de técnica vocal quando tinha 10 anos de idade, Isabela também fez aula de técnica vocal e no ano passado participou de um coral.

Isabela costumava cantar em apresentações do coral que participava, das  'Meninas Cantoras de Taió', e em festas de família, já Naiara em lugares mais diversificados "Eu já cantei em casamentos com um menino que fazia aula de teclado comigo. Canto em casa, agora está um pouco mais corrido, então é mais difícil, mas canto em eventos da família. Cantei muito no coral da faculdade também".

As irmãs têm preferência por músicas gaúchas, frisa Naiara "Eu gosto de música gaúcha devido ao fato de eu tocar Gaita, gosto de sertanejo e gosto de algumas músicas do Chimarruts e da Paula Fernandes", e Isabela também afirma "Eu também, gosto bastante de gaúcho, sertanejo e algumas outras músicas diferentes".

As irmãs não tinham o hábito de cantar juntas, mas agora sentiram coragem para começar, explica Naiara "Na verdade estamos em fase de adaptação, tocávamos algumas músicas juntas, mas nunca de cantar de primeira e segunda voz, não era nada ensaiado. De aniversário minha irmã ganhou um violão e como forma de homenagear nossos pais, em forma de agradecimento, decidimos participar do Festival da Canção e com o auxílio do gaiteiro Salvio Esser, que nos orientou, nos ajudou bastante, foi onde a gente realmente criou coragem e resolvemos nos apresentar juntas".

A música para Isabela, significa paz, pois ela gosta muito de cantar. Para Naiara o canto acalma "Para mim significa tranquilidade, um hobby. Quando você está em um dia muito agitado ou algo do tipo a música acalma, o próprio cantar no chuveiro já deixa a pessoa mais relaxada então tocar um instrumento e cantar é maravilhoso", expressa Naiara.

Sobre a voz para cantar, Naiara acredita que mesmo sendo um dom, é algo que você aprende a desenvolver com o tempo "Você tem que ter determinação, força de vontade, foco e com as aulas de técnica vocal você vai aprimorando, você começa a criar gosto pela coisa. Claro que você precisa ter o mínimo de percepção para conseguir alavancar, desenvolver o talento.  Acredito que se trata de um dom".
Naiara toca gaita desde os 12 anos de idade, antes tocava também teclado e Isabela toca violão, mas quer aprender a tocar gaita também.

O interesse de Naiara em tocar gaita surgiu pelo encanto em ver o tio tocando "Na gaita, a parte da mão direita e o teclado é basicamente o mesmo, e como eu tocava teclado desde os 8 anos, um dia, um tio de Curitiba veio nos visitar e ele tocava gaita, eu fiquei encantada com aquilo. Ele tocava com a mão esquerda na gaita e eu com a mão direita, e meu pai sempre apoiou muito, incentivo nunca faltou dos nossos pais, e quando ele viu que gostei do instrumento e que poderia aprender, ele comprou e já me colocou em aula de gaita. Então foi assim, foi pelo instrumento, meu pai adquiriu e comecei a fazer aula".

Para as irmãs foi bem importante participar do Festival da Canção que ocorreu em dezembro de 2015, em Rio do Campo, "Achei muito legal, gosto bastante de cantar com minha irmã, nos esforçamos bastante e conseguimos", afirma Isabela. "Acredito que foi muito importante, a Isabela é uma menina um pouco tímida, ela teve que vencer um pouco a barreira da timidez e isso foi bom para ela. Quando pequena, eu já havia participado de alguns e achei bem interessante. Participar do festival foi uma forma de homenagear ao Senhor Jesus Cava (in memorian), pois era muito chegado à família. Foi um dos motivos também que motivou a gente a participar do concurso, independente se ganhássemos ou não, era uma forma de homenageá-lo", relata Naiara.

Sobre a escolha da música para o Festival Naiara conta como foi "Procuramos algo que envolvesse o violão e a gaita, uma música que tocasse a todos, porque não podia também ser uma música que a maioria não conhecesse, então escolhemos "O guri" pelo fato de ser uma música conhecida e que pudéssemos cantar em duas vozes e usar os dois instrumentos".

Isabela agradece aos pais pelo incentivo "Sempre me incentivam a tocar, a cantar, e quero sempre dedicar isso a eles e a minha família". Naiara também faz seus agradecimentos "Pelo fato de ser um dom, devemos agradecer a Deus, e também à família pelo incentivo. Um dia saí para fazer um curso de dança, o que não ocorreu, no entanto lá tive um encontro com o canto e com o instrumento".