Diocese de Rio do Sul promove Celebração de Natal no Presídio Regional |
Confira a coluna do pároco
Ruy Barbosa de Oliveira foi um grande jurista intelectual que essa terra Brasileira deu ao mundo. Nascido em 5 de novembro de 1849, em Salvador (BA), e falecido no dia 10 de março de 1923. Deixou para nossa cultura uma grande obra. Mas não é isso que desejamos falar aqui. Mas recuperar uma fala sua, bem atual, para nossos dias, pois ele disse: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." Essas palavras ditas num tempo passado se encaixam muito bem em nossa realidade cultural social e Política. Precisamos urgentemente resgatar a vida honesta. Porque isso beneficia toda a sociedade. Uma vida desonesta implica na implosão das bases da sociedade e consequentemente o abismo.
Mas o que vemos no cotidiano por parte especialmente daqueles que deveriam ser o exemplo é a fome de poder, a ganância pelo dinheiro, a vida desonrada constituindo-se um péssimo exemplo para a geração atual. Que logo pensa: "se eles podem? Nós também podemos". Aos poucos estamos normatizando comportamentos viciosos e nocivos. O famoso jeitinho brasileiro. Ou seja, tirar vantagem do outro, enrolar passar a perna, enganar. É somente um exemplo da desonra. Outro exemplo é a vadiagem ou malandragem. Ou aqueles (as) alunos (as) que na Escola fazem da cola um hábito. E já dizia o grande Aristóteles que o hábito é nossa segunda natureza. Que péssima mania que temos de mentir, enganar. Pessoas que assim procedem, vivem numa escuridão perpetua que nem se dão conta mais de seus pecados. E se justificam dizendo: "todo mundo faz assim". Então por que todo mundo faz, também vou fazer? Precisamos ser fermento e não massa.
Sendo assim, é preciso que cresça em nós vida honrada. A verdade como ponto fundamental de nossa vida. A justiça como cultura. A vida honesta é balsamo de felicidade para toda a sociedade. Por sermos honestos a vida fica mais leve. A felicidade passa a ser nossa companheira. A honestidade arranca de nós os medos e nos envolve no manto da coragem. Pois ninguém pode ser feliz no roubo, na desonestidade. E como diz Aristóteles. "A virtude moral é adquirida em resultado do hábito." Em outras palavras, é na prática do bem que nos tornamos bons.
O inverso também é verdade. A escolha é de cada um. Sabendo que nossas escolhas repercutem socialmente. Vamos virar o jogo para a honestidade. Partindo de pequenas práticas. Não comprando votos. Pagar o que comprou, deixar de colar, não se meter na vida do outro, ajudar os mais fracos, respeitar e amar os idosos, respeitar as leis de trânsito. Não superfaturar preços, enfim, o resultado da vida honesta é a felicidade tanto individual quanto coletiva. Escolha ser honesto. Escolha ser feliz.
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