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Forma completa (se quiser ser mais formal): Foto: Francisco Anzola, via Flickr / Wikimedia Commons.
Grandes bancos que operam no Brasil avaliam encerrar, de forma unilateral, contas de clientes atingidos pela Lei Magnitsky como forma de reduzir riscos de punições internacionais. A informação consta em um parecer interno do BTG Pactual, revelado pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
A medida passou a ser discutida após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que determinou que o bloqueio de ativos ou contas de brasileiros só pode ocorrer com autorização prévia da Corte.
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Pressão das sanções americanas
As sanções da chamada Lei Magnitsky, implementadas pelo Office of Foreign Assets Control (Ofac) dos Estados Unidos, têm alcance global e afetam desde contas bancárias até contratos e linhas de crédito.
O tema ganhou força no Brasil após o ministro Alexandre de Moraes ser incluído na lista de sanções do governo de Donald Trump no mês passado. A inclusão aumentou a pressão sobre o sistema financeiro, que agora teme punições bilionárias em caso de descumprimento das normas americanas.
Segundo o documento interno, encerrar ou segregar contas por política interna seria juridicamente possível e poderia reduzir a exposição dos bancos a riscos tanto no Brasil quanto no exterior:
“Encerrar ou segregar conta por política interna é lícito; fazê-lo porque mandaram de fora não é. De outro lado, é preciso mitigar o risco de sanções secundárias nos EUA, o que justifica encerrar ou segregar contas quando, pelas políticas internas, houver risco concreto de enquadramento como ‘facilitador’”, aponta o parecer.
A estratégia não eliminaria totalmente os riscos, mas funcionaria como medida preventiva diante da insegurança regulatória.
O cenário tem provocado atritos entre ministros do STF e representantes do setor bancário. Recentemente, Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin se reuniram com executivos financeiros para discutir as implicações da lei americana.
De acordo com relatos, os banqueiros ressaltaram que o sistema financeiro internacional não abre espaço para brechas em relação às sanções dos EUA, o que gerou insatisfação entre os ministros.
Enquanto isso, Dino já começou a tomar medidas para limitar a aplicação automática das sanções no Brasil. No mercado, a instabilidade refletiu nas ações de grandes bancos, que registraram quedas expressivas nos últimos dias.
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