Quatro vereadoras foram eleitas nas duas últimas legislaturas
Na semana que o mundo comemora o dia Internacional da mulher, reacendem os debates da atuação feminina em diversos níveis da sociedade. Já se passaram 84 anos que as mulheres conquistaram o direito ao voto no Brasil, mas a participação delas em cargos políticos continua desproporcional. A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97) obriga que os partidos políticos tenham um mínimo de 30% de candidaturas femininas em todas as eleições. O intuito é diminuir o domínio masculino nos cargos eletivos.
Esse critério não é problema no município de Taió. Há 34 anos, quando Erna Heidrich foi a primeira mulher a ser eleita vereadora, o Poder Legislativo sempre foi completado por mulheres. Nenhuma mulher ocupou cargo de vereadora até 1982, desde então, pelo menos uma cadeira é mantida por mulher na Câmara de Vereadores de Taió. Nas últimas duas legislaturas, das nove vagas disponíveis, foram eleitas quatro vereadoras. Dona Erna também foi a primeira mulher a comandar o município, abrindo o caminho para outras lideranças femininas. Ao todo, 12 parlamentares do sexo feminino já foram eleitas no município de Taió.
Erna Heidrich (1983-1996) e a atual vereadora Iara Mariza Bonin (2005-2016), foram eleitas três vezes consecutivamente. Gilda Moraes (1997-2004) e Clarice Gomes Matteucci (2009-2016) foram vereadoras eleitas em duas oportunidades. Mirian Purnhagen (1989-1992), Ursula Heymanns (1997-1999), Rozi Teresinha de Souza (2005-2008), Vivian Fach (2005-2008), Rosecler Poleza Círico (2009-2012), Maria Stringari (2009-2012), Marlete Hang Sandri (2013-2016), e Marliza Martins (2013-2016), ocupam ou ocuparam o cargo uma vez.
Entre a população e os eleitores, as mulheres são maioria. Nas eleições de 2014, o Tribunal Superior Eleitoral tinha em seus registros 77.459.424 eleitoras diante de 68.247.598 eleitores do sexo masculino. Nas eleições de 2014 aumentou a participação de mulheres que concorreram aos cargos em disputa: foram 6.572 candidatas contra 5.056 no pleito de 2010. Ainda assim a proporção da participação feminina na política brasileira ficou abaixo dos 30% estipulado como mínimo pela legislação eleitoral, menos na Câmara de Taió, que tem 44%.
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