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Ponto turístico entre Taió e Rio do Campo recebe muitas visitas
O trecho da Santinha que liga os municípios de Taió e Rio do Campo é alvo de várias notícias. Mas geralmente, pela péssima condição de trafegabilidade. O asfalto que cedeu há alguns anos, dificilmente terá um reparo em um curto espaço de tempo. Mesmo assim, muitas pessoas seguem parando no local e fazendo suas preces. Diversos turistas aproveitam também para encher a garrafinha de água que trazem na viagem. Mas será que a água dessa bica é potável?
A equipe de reportagens do JATV procurou vários órgãos. Nenhum deles conseguiu dar uma resposta conclusiva. Por isso, nossa equipe levou uma amostra até a Laborcenter, empresa de análise que possui um posto de coleta em Rio do Campo. A análise apontou que a água de aspecto ligeiramente turvo, possui pH de 6,0 e que a análise microbiológica apontou coliformes totais e fecais.
Zuleika Machado Landmann (CRF 5489) responsável pela empresa, emitiu também seu parecer sobre a análise. "O exame realizado foi a análise microbiológica onde avalia a presença ou ausência de coliformes totais e fecais na amostra coletada. Os coliformes totais são micro-organismos presentes naturalmente no meio ambiente sendo que a presença na água não significa risco imediato à saúde, porém é um sinal de contaminação, ou seja, a água não é potável".
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Landmann também fala sobre os coliformes encontrados. "Já os coliformes fecais, estão relacionados a micro-organismos patogênicos e a análise positiva nos mostra que a água é imprópria para consumo. Segundo portaria do Ministério da Saúde, para que água seja própria para consumo, coliformes totais e fecais devem estar ausentes. (Portaria de Consolidação n°5 de 28.09.2017). Por mais que às vezes a água nos pareça cristalina e própria para consumo, por ser de fonte e próximo a nascentes, pode ser um pensamento equivocado e perigoso. Águas podem sofrer variações de potabilidade, devido às alterações climáticas e do meio ambiente entorno onde as fontes se localizam, bem como materiais orgânicos de animais da própria natureza podem ser encontrados nesta água", diz.
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Por fim, Zuleika confirmou que a água não deve ser ingerida e também deu uma sugestão. "A água coletada e enviada ao laboratório apresentou tanto coliformes totais quanto fecais sendo esta água imprópria para o consumo. Seria interessante a colocação de um aviso sobre água imprópria para o consumo no local, já que o tratamento pode se tornar alto custo, cabendo a órgãos públicos".
Médico também se manifesta
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O JATV procurou o Dr. Eduardo Rubim Schwab Leite que atende em Taió. Dr. Eduardo confirmou que a água não deve ser consumida. "Como o exame foi qualitativo, o veredito é simples: a água é impropria para consumo "in natura". Essa água para ser consumida, teria que passar por um processo de esterilização, cloro, fervura, etc".
"A Portaria 36 GM de 19/01/1990 do Ministério da Saúde - Brasil sugere que: '...em água não canalizada usada comunitariamente e sem tratamento (poços, fontes, nascentes, etc...) desde que não haja disponibilidade de água de melhor qualidade, 98% das amostras devem apresentar ausência de coliformes totais em 100 ml. Nos 2% das amostras restantes, serão tolerados até 3 coliformes totais em 100 ml, desde que não ocorra em duas amostras consecutivas coletadas sucessivamente no mesmo ponto...". A Portaria ainda prevê ausência de coliformes fecais em 100 ml da amostra de água e, estabelece que para água sem tratamento o número de microrganismos aeróbios mesófilos não deve exceder a 500 UFC (Unidades Formadoras de Colônias)/ml (18). Mas do jeito que o exame está apresentado, é impropria ao consumo. Vai de o gestor investigar os outros parâmetros e também prover da limpeza da fonte e do enredo", finaliza Dr. Eduardo.
O que diz a Vigilância Sanitária?
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Enviamos a análise para Douglas Soares, fiscal da Vigilância Sanitária de Taió. Por meio de nota, Soares respondeu o seguinte:
"A vigilância Sanitária do Município de Taió informa que em relação ao laudo encaminhado a esse setor pode-se afirmar que a amostra de água coletada para a referida análise, conforme a legislação vigente, é imprópria para o consumo humano por identificar a presença de coliformes totais e fecais". A Secretaria da Saúde de Taió também foi procurada, mas não se manifestou.
Casan foi procurada
Gilésio Paterno, chefe da Agência da Casan de Taió, também foi procurado para se manifestar. Paterno entrou em contato com a Superintendência da entidade, que afirmou que como essa água não é de responsabilidade da Casan, não poderiam se manifestar.
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