No mês de fevereiro de 2016 o então prefeito de Santa Terezinha, Valdecir Ferens, na presença de vereadores, secretários, autoridades municipais e demais servidores assinou o contrato e a ordem de serviço para a construção das duas pontes no Rio Itajaí Norte. Ponte Iracema, no valor de R$ 1.055.555,55, e a ponte Barra da Prata também chamada de Ponte do Marquetti, no valor de R$ 1.444.444,44. Ambas, que ligam os municípios de Santa Terezinha e Itaiópolis, foram destruídas pelas enxurradas no ano de 2014.
A construção das referidas pontes teve início com a abertura do Processo Licitatório de 38/2015, pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC), para a contratação de empresa para elaboração de Projeto Executivo e para Execução das Obras, onde sagrou-se vencedora a Empresa Salver Construtora e Incorporadora Ltda, cujo processo foi homologado em 18 de fevereiro de 2016.
A empresa Salver tinha o prazo de 365 dias para concluir as duas obras, porém por alguns motivos, após apontamento feito pelo Ministério da Integração Nacional, as obras ficaram paralisadas e agora, após três anos é que a segunda parte do projeto, que é a colocação das estruturas, está sendo executada. É considerada como primeira fase a construção das cabeceiras. E a terceira e última, será a construção das rampas de acesso que tanto o projeto quanto os custos não estão inclusos no projeto inicial, licitado em 2015.
Engenheiro civil da Prefeitura fala do processo de conclusão
O Engenheiro Civil Erikson Focchi, 24 anos, que atua na Prefeitura Municipal de Santa Terezinha há cerca de um ano, diz que obras ficaram paralisadas por um período, e há duas semanas as mesmas foram retomadas com a colocação da parte mais relevante da obra. "Estamos fazendo o acompanhamento e fiscalização. Nos próximos dias as estruturas metálicas estarão instaladas, elas representam o serviço de maior relevância das pontes, tendo em vista o valor e a dificuldade de sua montagem e instalação".
Atuando há pouco tempo no município, o jovem engenheiro não acompanhou todo o processo da obra, mas diz que tomou conhecimento assim que assumiu a função. Sobre os problemas no processo de execução e paralização das obras, Erikson explica: "Na verdade existe um ante projeto realizado pelo engenheiro responsável pelo Município da época, porém, quando a empresa vencedora do processo licitatório iniciou os estudos e projetos, os quais são de responsabilidade da contratada, perceberam que seria necessário um estudo hidrológico para saber a altura em que a ponte deveria ser construída. Deste modo, após os resultados do estudo e a escolha do método construtivo (estrutura metálica em treliças sem apoios centrais) foi necessário elevar a altura da estrutura da ponte para que a mesma não seja atingida pela água em períodos de cheia. Segundo a empresa contratada este seria o método com menor custo".
Conforme o engenheiro, devido às mudanças necessárias a partir do projeto inicial, um novo plano de ações está sendo elaborado que deve ser apresentado ao Ministério de Desenvolvimento Regional para pleitear recursos para finalização das obras. "Ainda não foi fixado um prazo para entrega final da obra, tendo em vista que dependemos de fatores externos como a aprovação do plano de ações pelo Ministério de Desenvolvimento Regional", comenta Focchi.
"As pontes serão finalizadas na altura que se encontram hoje, a solução para os acessos está em faze de estudos e projetos e faz parte do plano de ações", cita o engenheiro e acrescenta "Os valores dos acessos não estão incluídos na ordem de serviço inicial, a administração está trabalhando para conseguir o recurso financeiro necessário, sendo o primeiro passo a elaboração do projeto, bem como o plano de ações, deve ser finalizado até o final de fevereiro. Ainda não foram estimados os custos para a conclusão desta terceira e última fase da obra".
Na opinião do engenheiro civil houveram alguns equívocos desde o projeto inicial e no percurso da obra "Em minha opinião existiram alguns equívocos, porém, hoje, da forma que se encontram as obras a melhor solução e menos onerosa é a finalização das pontes e a construção de seus acessos para que a obra tenha funcionalidade e atenda a população da região no menor prazo possível", finaliza Erikson.
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