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Opinião

Artigo: Distanciamento Social por Rodolfo Reiberg de Santa Terezinha

Confira a opinião do professor

Amigos, amigas... Estamos diante de algo novo: a pandemia causada pelo vírus Covid19. Tudo o que é novo, assusta. Quando não sabemos lidar com algo, aquilo nos incomoda, frustra. É um momento anormal pelo qual passamos. A nossa sobrevivência depende dos nossos erros e acertos, hoje.

Em nossos postos de saúde ainda não chegaram equipamentos médicos para testes. Portanto eu não sei se estou contaminado pelo Corona Vírus. Você também não sabe. Apesar de nossa cidade ainda não ser afetada, o distanciamento social é a melhor arma que temos em mãos no combate à pandemia. Por não termos nenhum registro da nova doença não quer dizer que podemos descuidar. Há pessoas indo e vindo o tempo todo, com destinos diversos incluindo entregadores de mercadorias que circulam por todos os grandes centros populacionais do país e chegam até aqui nos mercados, no comércio, nos setores públicos... Esse novo vírus é um agente de contato ou seja quanto mais próximos estamos de outras pessoas maiores são as chances de contaminação. Aí vem a velha história da imunidade pessoal. Tem pessoas que portam o vírus e não demonstram. Sua imunidade pessoal é capaz de bloqueá-lo. Mas não é capaz de rete-lo. Ou seja, mesmo sem sintomas essa pessoa passa o vírus adiante. Esse é o grande susto que leva Governos, Prefeitos e Diretores de Instituições Públicas a fecharem as portas e decretar o, indesejado, Distanciamento Social.

Temos a sorte de aprender com outros países. Embora lamenta-se tantas mortes causadas pelo Covid19 que não escolhe país para fazer suas vítimas. Se estamos protegidos aqui em nossa comunidade em nossa cidade e em nossa microrregião, é porque medidas inteligentes foram tomadas à tempo incluindo entre elas o Distanciamento Social. A exemplo de outros países muito castigados por essa nova doença, vamos praticar aqui o Isolamento Social até o término dessa crise. Só sair de casa se houver extrema necessidade. E, ao sair, fazer uso da máscara. Ao término de sua compra em estabelecimentos comerciais lave as mãos com álcool gel. Deixe o calçado fora da casa. Cuide de si e dos outros. Nesse momento não há partidarismo político, não há religiosidade superiora, não há outro milagre que não seja a União de todos na prevenção à nova doença. União de todos para evitar que essa doença vire pandemia. Pois, a exemplo da Itália, ao virar pandemia, os hospitais não suportam atender tantos doentes ao mesmo tempo. Fato que gera pânico na população e gera tragédias subsequentes horríveis de uma hora para outra.

Assim, voltando ao foco principal em questão, o Distanciamento Social, as escolas com seus agentes físicos (professores, alunos, colegas de classe, serventes, motoristas, diretores...) sentem na alma esse choque de realidade. De uma hora para outra é preciso mudar estratégias de trabalho, comportamentos pessoais, técnicas de ensino, enfim, romper com o pragmático e criar o método alternativo sem causar prejuízos ao crescimento natural da aprendizagem (objetivo fundamental da escola). Imagine a dor de cabeça que uma mudança assim repentina causa em todos esses agentes escolares. Porque não existe receita pronta para lidar com esse problema. Mas é aí em meio a essa crise psicológica que nasce o primeiro remédio consciente capaz de salvar a todos: o espírito colaborativo. Consciência da gravidade dos fatos, da necessidade de readaptação, da busca por soluções inteligentes e compartilhamento de ideias que dão certo. Para fechar esse artigo, vamos olhar o novo como desafio, não como pânico. Vamos fazer a coisa certa. Manter os cuidados necessários para evitar a proliferação do Covid19. Vamos deixar uma janela aberta em nossos corações para que realmente aconteça outro milagre: o do amor ao próximo. Manter o isolamento e o Distanciamento Social, nesse momento, é uma prova de amor ao próximo. Afinal, como bem lembra a canção interpretada por Sandra de Sá, "Quando a gente ama é claro que a gente cuida." Seguir as regras de proteção é o melhor caminho. Quem ama, cuida. Até isso tudo passar, e vai passar, preservemos também o abraço: em breve, ele acontecerá de novo, porém, bem mais humano!!!!

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