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Por dois anos

SC terá centro de referência para acolhimento de imigrantes

  • SST/Divulgação - Público, que incluiu imigrantes, acompanhou assinatura, em Florianópolis

Verba de quase R$ 1,5 milhão será usada para manter estrutura por 2 anos. Ideia é oferecer espaço de suporte trabalho e jurídico e casa de passagem.

Foi assinado na tarde desta terça-feira (12) um convênio para a criação do Centro de Referência e Acolhimento dos Imigrantes e Refugiados. A ideia é oferecer em Florianópolis um espaço de suporte para trabalho e jurídico, além de uma casa de passagem para essas pessoas, informou a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST).

O convênio é entre os governos federal, estadual e municipal. Uma verba de quase R$ 1,5 milhão já está disponível, 95% dela vinda do Ministério da Justiça. O dinheiro será usado para manter o Centro de Referência por dois anos.

O suporte para trabalho e jurídico funcionará em um local diferente da casa da passagem. Esses espaços devem funcionar em estruturas que já são do estado ou do município, segundo a SST, que coordena os trabalhos do Centro de Referência.

O objetivo do centro é assessorar municípios e empresas do estado, intermediar vagas de trabalho e prestar atendimento especializado a imigrantes refugiados, segundo a SST. "Nossa equipe estudará políticas públicas intersetoriais voltadas para estes imigrantes", explicou o secretário, Geraldo Althoff.

A assinatura foi acompanhada por imigrantes, que participaram da cerimônia e fizeram discurso na língua nativa. Este será o segundo Centro de Referência desse tipo no Brasil. O primeiro foi em São Paulo.

Iniciativas já existentes
Já havia sido criada uma comissão permanente de acompanhamento e orientação para imigrantes, formada por representantes da SST, sociedade e haitianos. A Secretaria ainda não tem números precisos, mas estima que pelo menos 8 mil haitianos vivam na Grande Florianópolis.

Também há um espaço na SST para representantes do Movimento Haitiano em Santa Catarina. A intenção é trabalhar para formar uma cadeia de informações e mapear a real situação destes imigrantes.

Dados da SST
Ao longo de 2015, somente na Grande Florianópolis, 741 pessoas de outros países buscaram uma colocação profissional por meio da rede do Sistema Nacional de Empregos (Sine). Em todo o estado, foram 3.704.

De acordo com o diretor de Trabalho, Emprego e Renda, da SST, Edilson dos Santos Godinho, os números representam apenas 30% da realidade. Ele explicou que 70% dos imigrantes ainda buscam colocação de trabalho sem suporte do estado.

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