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Investigação

Pizzolatti (PP-SC) é denunciado na Lava-jato

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-deputado federal João Alberto Pizzolatti (PP-SC) no Supremo Tribunal Federal (STF). Se os ministros concordarem com a manifestação, o político, atualmente secretário estadual em Roraima, será réu na Operação Lava-Jato. Ele ainda é investigado em outros dois inquéritos referentes ao esquema de corrupção da Petrobras, que também tramitam no STF. 

Junto com Pizzolatti, a PGR denunciou por corrupção passiva e ocultação de bens os deputados Arthur Lira (AL), Mário Negromonte Jr. (BA), Luiz Fernando Faria (MG), Roberto Britto (BA) e os ex-deputados Mário Negromonte (BA) e José Otávio Germano (RS). Todos são do PP. O inquérito original do caso trata de Pizzolatti. Sigilosa, a denúncia tem informações de delações premiadas que ainda estão sob segredo judicial. 

Deputado federal até o final de janeiro de 2015, Pizzolatti (PP) é alvo de inquéritos abertos para investigar políticos suspeitos de integrar esquemas de corrupção na Petrobras. De acordo com o Ministério Público Federal, o pepista seria uma dos principais beneficiários e intermediário direto de propinas pagas por empresas que mantinham negócios com a estatal para deputados do PP.

As denúncias tem como base as delações premiadas feitas pelo doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ambos apontam que Pizzolatti ¿compunha o grupo de parlamentares do PP que, de maneira estável e permanente, atuava visando a manutenção e operacionalização do esquema¿, nas palavras do procurador-geral Rodrigo Janot. De acordo com Yousseff, esse grupo de deputados pepistas que incluia Mario Negromonte, Nelson Meurer e Pedro Correa. O doleiro afirmou que esse quatro parlamentares receberiam de R$ 250 mil a R$ 500 mil por mês e intermediavam a divisão do resto - de R$ 1,2 milhões a R$ 1,5 milhão - com os demais deputados do partido.

A origem dos recursos seriam as propinas cobradas por Costa junto às empresas que mantinham negócios com a Petrobras e participavam de suposto cartel. 

Em 2014, barrado pela Ficha Limpa, Pizzolatti desistiu de concorrer à reeleição. Mesmo sem mandato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que tivesse os inquéritos analisados no STF. Alegou que os fatos ligados a ele têm "conexão direta e umbilical" com os relativos aos atuais deputados do PP investigados.

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