O governador Jorginho Mello (PL) estará em Brasília, nesta segunda-feira (9), na reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para às 18h. A decisão foi tomada no início da tarde, depois de receber o convite oficial, e mudar de opinião em relação ao que disse pela manhã, por entender que não precisava aderir à pauta do encontro: dar uma resposta institucional aos ataques de bolsonaristas radicais golpistas aos três poderes, em Brasília.

Jorginho passou boa parte do dia reunido com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, que lhe informa sobre a situação no Estado.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, os acampamentos de bolsonasistas em frente às unidades do Exército e da Marinha devem ser desocupados e desmontados em 24 horas pela Polícia Militar, mas o governo catarinense informa que este trabalho está sendo feito pelos órgãos das Forças Armadas.

O que Jorginho não deve ignorar é que, em caso de recusa da saída dos manifestantes, a responsabilização será direta ao governador, civil e criminalmente, e os acampados deverão ser presos em flagrante pela prática dos seguintes crimes: atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Jorginho não participou da reunião do Fórum dos Governadores, realizada de maneira remota no domingo (8), após os ataques e que resultou em um documento a favor democracia, mas confirmou que irá ao outro encontro com Lula no dia 27 deste mês, na Capital Federal.

Estratégia é não se comprometer com os eleitores bolsonaristas de SC

O governador de Santa Catarina segue a cartilha bolsonarista e resolveu participar da reunião chamada por Lula depois que os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo – ex-ministro da Infraestrutura do ex-presidente – e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, chagaram a declararar que não se farão presentes, mesmo que de maneira remota.

No sábado (7), em Balneário Camboriú (foto), Tarcísio foi um dos presentes ao evento Empreendedores do Brasil 2023, a convite do prefeito Fabrício Oliveira (PL), ao lado de Jorginho, do governador Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso, e do senador diplomado Jorge Seif (PL).

O que Jorginho não tem como prever ou assegurar é que radicais bolsonaristas não farão atos violentos em Santa Catarina, até porque catarinenses estavam entre os responsáveis pelos atos de vandalismo em Brasília e demonstraram total desprezo pela ordem, pela Constituição e pelas instituições democráticas, portanto, o governador não está blindado.

Por Roberto Azevedo / SCC10

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