Em dez dias governador deve anunciar tamanho do corte. Saúde 'teve uma explosão de custos' que serão cobertos com saldos da dívida
Em entrevista coletiva pouco antes da reunião do Colegiado no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras, o governador Raimundo Colombo anunciou que em dez dias serão anunciados novos cortes de gastos no Governo. "Tenho todos os números da situação do Estado e também um número na minha cabeça. Mas não vou impor um corte, vou compartilhar para que todos sejam responsáveis pelas medidas", disse o governador. "Vamos cortar tudo o que é possível cortar, sem prejudicar a sociedade", prometeu.
Na reunião de hoje (23) na Capital os secretários, técnicos e gestores de estatais foram divididos em grupos, que primeiramente assistiram uma extensa apresentação da situação fiscal e contábil do Estado. Depois esses grupos passaram a estudar metas de corte por área. "Na semana que vem queremos que eles se reúnam novamente e apresentem as metas de corte de cada setor. Só então vamos compatibilizar com o que imaginamos e anunciar os cortes de forma técnica e criteriosa", explicou Colombo.
"Houve uma explosão de custos na Saúde. Na Educação e na Segurança estamos com pequenos déficits e não temos nenhuma surpresa nas outras áreas que exijam intervenção. Quanto à Saúde, vamos aportar recursos de emergência oriundos das parcelas da dívida que diminuíram por causa da decisão do STF de dar 60 dias para negociação com a União", afirmou.
"Precisamos fazer contenção para promover o equilíbrio. Mas já estamos pensando em 2017, que tudo leva crer será pior do 2016. Amanhã o Governo Federal vai anunciar suas metas, mas tenho pouca esperança de melhoria", lamentou o governador. Os números do desempenho da economia catarinense mostram o tamanho da crise: com uma arrecadação que caiu 1% com relação a abril do ano passado, as exportações tiveram queda de 16 por cento e as importações de 32 por cento até março. A venda de veículos novos caiu 30,8 por cento, o comércio encolheu 12 por cento e o consumo de energia caiu 4%.
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