Uma operação da Polícia Federal (PF) de Minas Gerais, deflagrada nesta terça-feira (2), respingou em três cidades de Santa Catarina: Itajaí, Balneário Camboriú e Itapoá. A ação, denominada Operação Terra Fértil, visou um grupo criminoso suspeito de abastecer cartéis mexicanos com drogas e lavagem de dinheiro.

Estimativas indicam que a organização movimentou mais de R$ 5 bilhões em seus cinco anos de atuação, utilizando diversos crimes para ocultar a origem ilícita dos recursos. Entre os crimes praticados, estão o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, uso de empresas de fachada e aquisição de bens de luxo.

A PF não divulgou detalhes sobre os objetos apreendidos em Santa Catarina, mas informou que, além dos três municípios catarinenses, a operação também teve como alvos estados como Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás.

No total, foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias, inclusive para suspeitos em Santa Catarina.

A principal prisão da operação foi a de Ronald Roland, apontado como o líder da organização criminosa e suspeito de ser um narcotraficante internacional. Segundo as investigações, Roland e outros membros da rede utilizavam empresas de fachada para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes.

A PF acredita que Roland enviava cocaína para países da América do Sul e Central, com destaque para remessas aos cartéis mexicanos. O suspeito já havia sido investigado anteriormente pela PF e, durante a Operação Terra Fértil, foram descobertas empresas em seu nome que adquiriam imóveis e veículos de luxo para terceiros, além de movimentarem quantias incompatíveis com o capital social declarado.

Os sócios das empresas, de acordo com a PF, geralmente não possuíam vínculos empregatícios há anos, e alguns até mesmo recebiam auxílio emergencial do governo.

As investigações da Operação Terra Fértil ainda estão em andamento, com o objetivo de identificar outros membros da organização criminosa e elucidar todos os crimes praticados pelo grupo. A PF espera que a operação contribua para o desmantelamento de redes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de auxiliar na prevenção de novos crimes.

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