Uma operação de grande porte, coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (28) para combater uma facção criminosa catarinense envolvida em tráfico de drogas e comércio ilegal de armas. A ação, denominada "Operação Renorcrim", cumpre 218 mandados judiciais em Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

A investigação, iniciada em 2023, identificou a atuação de uma organização responsável por movimentar mais de R$ 9 milhões em um ano. Durante as investigações, descobriu-se que um dos líderes do tráfico no Mato Grosso do Sul fornecia drogas e armas para integrantes da facção catarinense.

Entre as medidas executadas, estão o bloqueio de R$ 1,1 bilhão em contas bancárias e ativos financeiros, além da apreensão de nove veículos de luxo, três motos aquáticas, armas de fogo e drogas. A operação também abrange o sequestro de bens, quebra de sigilos bancário e fiscal, e buscas em residências ligadas a 46 pessoas físicas e 14 pessoas jurídicas.

Um dos alvos, já preso durante a investigação, movimentou cerca de R$ 9 milhões entre 2022 e 2023. Atualmente, ele encontra-se foragido.

A operação foi realizada em conjunto com as polícias civis dos cinco estados, sob coordenação da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O nome da ofensiva faz referência ao trabalho integrado dessas unidades no enfrentamento ao crime organizado, com ações que buscam desarticular financeiramente as estruturas das facções.

A investigação teve início após a prisão de seis pistoleiros oriundos do Mato Grosso do Sul em território catarinense em 2023. Na ocasião, foram apreendidos armas, munições e drogas, incluindo skunk, um tipo de cannabis com alto teor de THC.

As autoridades seguem monitorando os desdobramentos da operação, com o objetivo de desarticular completamente as atividades do grupo criminoso e localizar os foragidos.