Deputados discutem crise no setor e cobram medidas urgentes para proteger produtores catarinenses

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) realizou, na noite desta quarta-feira (12), uma audiência pública para debater a crise que afeta o setor leiteiro catarinense. O encontro, promovido pelo deputado Altair Silva (PP) com apoio do deputado Oscar Gutz (PL), reuniu produtores, lideranças do agronegócio, prefeitos, vereadores e representantes da agricultura de todo o estado.

Produtores relatam perdas e pedem socorro

Durante mais de duas horas, os produtores relataram as dificuldades enfrentadas, especialmente com a queda no preço do litro do leite e a concorrência desleal com o leite em pó importado, que tem inviabilizado a produção em várias propriedades rurais de Santa Catarina.

O deputado Oscar Gutz, autor do PL 759/2025, que proíbe a importação de leite em pó em SC, destacou a gravidade da situação:

“Estamos vivendo a pior crise da história da atividade. O prejuízo por litro de leite passa de 20 centavos. Se nada for feito agora, milhares de famílias vão abandonar a produção. Este projeto é uma defesa da nossa economia, do nosso agricultor e da produção catarinense”, afirmou Gutz.

Deputados defendem prioridade e apoio ao campo

O deputado Altair Silva reforçou o papel essencial da cadeia do leite no desenvolvimento dos municípios:

“O produtor está pagando para trabalhar. A ração, a energia e o transporte aumentaram, enquanto o preço do leite caiu drasticamente. Se não agirmos agora, milhares de famílias abandonarão uma atividade que leva décadas para ser construída. E quando o produtor sai do campo, dificilmente volta”, declarou.

O presidente da ALESC, Julio Garcia (PSD), também participou da audiência e garantiu prioridade à tramitação do projeto de Oscar Gutz.

“Este Parlamento estará ao lado dos produtores. O PL 759/2025 é uma demanda urgente e vamos tratá-lo com prioridade”, disse Garcia.

Leite é base econômica de milhares de famílias

Santa Catarina é o 4º maior produtor de leite do Brasil, com milhares de famílias que dependem diretamente da atividade para sobreviver. O setor é considerado estratégico para a economia catarinense e para a permanência das famílias no campo, mas vive atualmente um dos períodos mais críticos em décadas.

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Fonte: Assessoria de Imprensa / Agência AL


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