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Mudanças na matriz energética do mundo podem ser causadas por muitas razões, mas observando com atenção podemos perceber como estão vinculadas a uma palavra: Necessidade. Podem ser cenários muito diferentes como o de uma legislação que determine o uso de combustíveis menos poluentes, ou da busca por uma produção mais eficiente para reduzir custos. O mercado de Gás Natural Liquefeito (GNL) surge assim nos anos 60, da necessidade de Estados como França e Reino Unido com dificuldades de fornecer energia suficiente para sua grande produção industrial.
O Japão, maior importador do combustível com 34%¹ do total, também foi motivado pela necessidade, a de substituir outro modelo energético. O país-arquipélago já tinha de lidar com os empecilhos de construir redes de gás sob o mar, mas o vazamento da usina de Fukushima em 2011 fez com que o Estado investisse ainda mais no GNL para suprir a demanda gerada pelo desligamento da maior parte dos reatores nucleares japoneses.
É exatamente pensando nas necessidades de Santa Catarina que a SCGás firmou acordos com empresas da área para estudar a viabilidade do uso desse modelo. Essa ambição podia parecer muito distante alguns anos atrás, mas desde que o Brasil se tornou um importador de gás liquefeito em 2009, tem se desenhado como algo cada vez mais real. Nosso país compra 5,2 mega tonelada de GNL por ano, o que pode ser pouco quando comparado aos grandes importadores, mas nos coloca entre os dez maiores do mundo. Desde o início da criação de uma rede de fornecimento de gás natural em nosso estado, a viabilização financeira levou a SCGás a se focar apenas nas áreas próximas ao Gasoduto Bolívia-Brasil, o que significa a região litorânea.
Hoje a SCGás atende postos de combustível em municípios distantes das redes estruturantes através de estações que comprimem o gás para que ele possa ser transportado de caminhão, um modelo que tem ajudado na penetração do GNV, principalmente, ainda que não somente, no interior. Essa expansão da estrutura de postos é essencial, mas ainda não resolve a questão, pois não estende o acesso a outros segmentos de consumo da sociedade, uma situação que resolveremos com nosso projeto piloto de redes isoladas em Lages.
Esse modelo de transporte de gás comprimido (GNC) possui uma série de vantagens, mas passa a ser inviável quando pensamos em larga escala. Pensamos no amplo atendimento de agroindústrias de Chapecó, indústrias papeleiras da Serra, cerâmicas do Extremo Sul e no potencial do Planalto Norte. Pensamos em uma ampla rede de postos de GNV nas duas regiões. Pensamos até na produção de energia através de termoelétricas a gás natural, ajudando a tornar o país menos vulnerável às secas que prejudicam as hidrelétricas. Para tornar a interiorização uma realidade o GNL pode se mostrar como o nosso melhor modelo.
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