De janeiro a junho, rodovia federal registrou 54 mortes. Mesmo com redução no número de acidentes e feridos, colisões foram mais graves e fatais.

A BR-470, uma das rodovias mais movimentadas de Santa Catarina, apresenta um aumento expressivo no número de mortes no trânsito em 2025. De janeiro a junho, 54 pessoas perderam a vida na estrada, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número representa um aumento de 68% em comparação ao mesmo período de 2024, quando 32 mortes haviam sido registradas.

O dado chama atenção especialmente porque, no mesmo período, houve redução nos acidentes: de 550 para 507. O número de feridos também caiu, passando de 681 para 585. A conclusão é clara: os acidentes ocorridos em 2025 foram, em sua maioria, mais graves e letais.

Fatores de risco continuam os mesmos

As principais causas de acidentes na BR-470 continuam relacionadas a falhas humanas. De acordo com a PRF, os fatores mais frequentes de janeiro a junho de 2025 foram:


  • Ausência de reação ou reação tardia do condutor: 120 casos
  • Acessar a via sem observar a preferência: 87
  • Ingestão de álcool: 36
  • Transitar pela contramão: 34
  • Velocidade incompatível com a via: 31

O ranking é semelhante ao de 2024, que também incluía “não manter distância segura” entre as cinco causas mais comuns.

Duplicação e educação são caminhos apontados por especialista

A BR-470 corta o estado de leste a oeste, ligando Navegantes, no Litoral Norte, a Campos Novos, no Meio-Oeste, e cruza regiões com grande circulação de veículos pesados. Os trechos sem duplicação são apontados como pontos críticos para acidentes fatais.

Para o advogado William Pedroso de Abreu, especialista em trânsito e instrutor credenciado pelo Detran-SC, é urgente acelerar as obras de duplicação da rodovia e investir em ações contínuas.



“Primeiro, acelerar as obras de duplicação [da BR-470], isso é muito importante. Intensificar a fiscalização de trânsito em pontos críticos, isso é outro ponto que é fundamental e, principalmente, investir em campanhas educativas contínuas, não só o Maio Amarelo”, defende o especialista.


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