Mobilização em Salete pede liberação da 'pílula do câncer'
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Divulgação/Assessoria de Imprensa -
Um grupo de aproximadamente 50 pessoas que luta pela liberação do uso da fosfoetanolamina sintética se reuniu no último domingo, 29 de maio, na Praça Raimundo Tamanini, em Salete. O encontro teve como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância da substância na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com câncer.
A mobilização foi realizada simultaneamente em diversos estados do Brasil. Marlene Retke, umas das organizadoras do evento em Salete, salientou durante a sua fala o propósito do encontro para levar esclarecimentos à sociedade sobre a pílula do câncer. Também, ela abordou outros temas como a atual situação do processo que pede a legalidade do uso da substância.
Em um dos momentos da mobilização, a senhora Marilze Fronza Moser explanou aos participantes que seu marido, que esta em fase de tratamento contra doença, tomou a fosfoetanolamina sintética quando havia sido liberada por lei no Senado, e apresentou sinais de melhoria.
O vice-prefeito, João Kniess, que também é um dos organizadores da mobilização, comentou e leu aos presentes algumas histórias e depoimentos de pessoas que após o uso da fosfoetanolamina tiveram uma melhora na luta contra o câncer. ele explicou a importância desta manifestação.
"Este encontro representa uma esperança, não só para quem precisa desta pílula, mas também para os familiares que apoiam os pacientes na luta contra esta terrível doença. Recentemente eu estive no Seminário Regional Fosfoetanolamina, em Rio do Sul, e abracei está causa". Kniess ainda destacou que a mobilização em vários estados do Brasil foi uma forma de pressão popular para que o composto seja liberado o mais rápido possível, porque quem tem câncer não pode esperar.
A fosfoetanolamina
Conhecida como a "pílula do câncer", a droga produzida pela Universidade de São Paulo (USP), nunca foi clinicamente testada como medicamento, mas ganhou repercussão no tratamento de pacientes em estado terminal da doença, depois de ser distribuída sem autorização por um professor do Instituto de Química de São Carlos, no interior de São Paulo, que desenvolveu e patenteou a fórmula.
No dia 23 de março o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 3/2016, que autoriza pacientes com câncer a usarem a fosfoetanolamina sintética antes de seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já no dia 19 de maio, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu medida liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5501 para suspender a eficácia da Lei 13.269/2016 e, por consequência, o uso da fosfoetanolamina sintética.
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