Vizinhos denunciam casa com mais de 200 gatos no Alto Vale |
O casal espera que os filhos continuem com as marcações por mais alguns anos
Organização e dedicação. Uma família de Salete anota os dados climáticos há mais de 40 anos. Estiagens como a que estamos vivendo no Sul do Brasil já aconteceram. Uma delas foi em dezembro de 1985. O volume de chuva foi de apenas 34mm, segundo o registro histórico dos saletenses. Assim como essa anotação, existem centenas de outras. Elas começaram a ser registradas pelo senhor Bonifácio Locks (hoje já falecido) em 1978. A ideia surgiu após o Banco do Brasil enviar uma carta aos agricultores, pedindo que eles registrassem a precipitação de chuva com um pluviômetro que seria doado a eles. O pedido do banco foi levado a sério até 2010, ano que senhor Bonifácio faleceu. Mesmo mal de saúde, o agricultor ia sempre até o pluviômetro para ver o quanto havia chovido. A responsabilidade de continuar as anotações foi dada à filha, Terezinha, e ao genro, Wilson.
O agricultor Wilson Preis, menciona que os relatos são interessantes até hoje para quem trabalha com agricultura para saber os procedimentos a fazer na propriedade como a ureia. Já Terezinha conta que mesmo quando o pai estava internado em Curitiba, sempre perguntava se estavam dando continuidade às anotações. O caso foi descoberto pelo canal Vale Agrícola e está disponível em vídeo também no portal do JATV.
Os registros de chuva dos últimos 42 anos estão guardados em uma caixa. Os registros marcam as gerações dos moradores do Alto Vale. Principalmente os que lembram das enchentes, como o de 1983. As anotações daquele mês de julho chegam a assustar. Foram quase 600mm de chuva em um mês.
Muitas pessoas ainda vão até a propriedade da família saletense para perguntar sobre os registros de chuva. "Todos os dias às 7h é feita essa abordagem no pluviômetro. A gente olha e marca para o dia anterior", explica Wilson. "Hoje temos a previsão do tempo a qualquer momento. É só pegar o celular. Mas saber o quanto choveu, só depois que aconteceu. Por isso é interessante continuar fazendo esse trabalho", afirma.
O casal finaliza dizendo que esperam que os filhos continuem com as marcações por mais alguns anos.
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