Os vereadores Joanildo Beiger (Jaison) e Ádila Conink, trouxeram à tona uma denúncia sobre possíveis irregularidades na construção das calçadas da Rua Lino Francisco Pereira, que dá acesso à Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Os parlamentares levantaram preocupações relacionadas à falta de cumprimento do projeto, custos adicionais e possíveis falhas na execução da obra. 

 

O vereador Jaison relatou que foi cobrado por moradores e recebeu informações de que a calçada deveria ser construída com meio-fio de um lado e uma viga de sustentação no lado dos terrenos, no entanto, ao visitar o local, ele constatou que a viga não havia sido instalada, conforme o projeto. Isso levanta questões sobre o custo associado à obra, que envolveu tábuas no valor de R$ 34.045,79, ferragem no valor de R$ 24.842,18, concreto no valor de R$ 12.215,33 e aço CA-60 no valor de R$ 6.867,65. 

“Eu tenho uma questão para apresentar aqui. Fui cobrado pela população, assim como por moradores da rua Lino Francisco Pereira. A questão é que estão construindo as calçadas até o topo que dá acesso à Casan. Os moradores me chamaram para mostrar e relatar um incidente. Na verdade, no Portal da Transparência consta que as calçadas seriam feitas com meio-fio de um lado e uma viga de sustentação do lado dos terrenos de cada morador. Na semana passada, passei por lá e não vi essa viga. O trabalho não foi realizado e há um custo associado a isso. Talvez o vereador Padilha possa explicar esse custo para a população que me procurou, inclusive o vereador Valmir Saquete, que também trabalhou no aterro. Eu gostaria de pedir ao nosso presidente que nos dê uma posição e explique para a população que está cobrando esse trabalho que não foi realizado. Não sei onde foi parar esse valor e se ainda será feito após a conclusão desse corredor que está lá. Nós pedimos uma explicação ao nosso presidente para as pessoas que estão exigindo esse trabalho que não foi realizado. Segundo o projeto que tenho em mãos, seria construída uma viga de 40 cm de altura e 10 cm de espessura, na parte de cima, mas nada foi feito lá.” 

A vereadora Adila Conink complementou a denúncia, informando que a Casan reembolsou um valor de R$ 165.383,39 para a prefeitura, devido aos danos causados durante o trabalho realizado na rua. Ela suspeita que as empresas participantes da licitação possam não ter seguido as especificações do projeto, resultando na ausência do aço CA-50, aço CA-60, forma de madeira e concreto estrutural. Adila questiona se o valor mencionado já foi pago, conforme informa o Portal de Transparência e levanta preocupações sobre a falta da viga in loco, que foi substituída apenas por meio-fio, o que contraria o projeto original. 

"Ouvindo agora o vereador Jaison falar sobre a rua Lino Francisco Pereira, essa rua, se não me engano, teve um trabalho realizado pela Casan. Agora, estou com a planilha que o vereador Jaison tinha em mãos, e aqui está informando que a Casan reembolsou um valor de R$ 165.383,39 para a prefeitura devido aos danos causados por seu trabalho naquela rua, e a prefeitura refez a obra. Acredito que tenha ocorrido uma licitação, e as empresas que participaram analisaram o projeto e talvez tenham considerado o valor indicado aqui como insuficiente, e a empresa vencedora acabou não seguindo o projeto conforme solicitado, conforme minha interpretação deste documento. Aqui está mencionado que não foi utilizado aço CA-50, resultando em uma diferença de R$ 24.842,16, aço CA-60, R$ 6.867,65, a forma de madeira especificada também não foi utilizada, R$ 34.045,79, e o concreto estrutural também não foi utilizado, R$ 12.215,33. Agora surgiu uma dúvida: esse valor mencionado aqui já foi pago? Porque se a viga não foi construída no local e apenas foi colocado meio-fio, isso está em desacordo com o projeto. Precisamos entender o que está acontecendo, pois se a viga in loco não foi feita e o meio-fio foi instalado, pode haver problemas no futuro e será como se pagássemos duas vezes. Todos os nove vereadores devem buscar a verdade para descobrir se isso já foi pago e, se foi, quem recebeu o dinheiro e qual é a diferença mencionada aqui.” 

O presidente da Câmara, Luiz Emilio S. Padilha, ressaltou a importância de investigar o caso para obter informações precisas antes de fazer qualquer pronunciamento. Ele expressou o desejo de analisar o projeto e discutir a situação com o Secretário responsável, a fim de fornecer uma resposta adequada aos moradores da rua. Padilha reforçou que é dever dos nove vereadores buscar a verdade sobre o ocorrido, verificar se os pagamentos foram efetuados e esclarecer a diferença mencionada nos custos. 

“Sobre a questão dessa rua, precisamos investigar. No entanto, não farei nenhum comentário sem saber exatamente o que aconteceu. Não tivemos acesso ao projeto, mas é nosso dever buscar informações e investigar. Gostaria de ver o projeto e conversar com o Secretário para fornecer uma resposta aos moradores dessa rua. Após obtermos mais informações sobre o caso, discutiremos coletivamente para tomar as medidas apropriadas.” 

Diante das denúncias apresentadas pelos vereadores, a Câmara Municipal se compromete a investigar o caso, buscar informações adicionais e tomar as medidas necessárias para esclarecer os fatos e garantir a transparência na execução de obras públicas. A população aguarda por uma resposta oficial que esclareça as questões levantadas pelos vereadores e traga soluções adequadas para o problema na Rua Lino Francisco Pereira. 

Fonte: JATV