Como a flor de lótus floresce magnífica sobre a água lodosa e um oásis se apresenta como verdadeiro paraíso em meio ao deserto, pessoas como Dona Lisete Deretti, surpreendem com tanta humanidade e amor, em meio a um mundo onde a indiferença, a ganância e o ressentimento parecem dominar.

Segunda-feira, 25 de julho, acontecia mais um pôr do sol rio de inverno, mas a família de Dona Lisete Deretti aqueceu 'com o calor do seu amor', o coração de um jovem, impossibilitado de caminhar com seus próprios pés. Arnaldo Rosa sofreu um acidente em julho de 2013, por consequência encontra-se em uma cadeira de rodas. Com apenas 35 anos de idade, sues passos se afastaram do chão.

Dona Lisete relata que recebeu uma boa oferta pela cadeira motorizada que pertencia a seu esposo, Avelino Deretti, que infelizmente faleceu no dia 23 de julho, mas preferiu fazer um grande gesto de caridade, doar a cadeira para o jovem Arnaldo Rosa.

Foi um momento de muita emoção, doação e misericórdia. Muitas lágrimas e palavras cheias de sensibilidade e amor fraterno.

"Essa cadeira fez Meu Velho, muito feliz. Espero que esse rapaz tão novo, sem poder caminhar, possa ser um pouco mais feliz em seu sofrimento", disse, emocionada, Dona Lisete.

Getilde e Anelise, filhas de Dona Lisete, apoiaram com muito carinho a atitude da mãe e expressaram seu desejo de ajudar para que a vida do Arnaldo seja menos complicada.

"Em nome do Arnaldo e de toda a nossa família, nossa gratidão e nosso profundo reconhecimento por essa atitude tão humana e tão Divina. Obrigada! Que Deus lhe dê saúde, alegria de viver, muita fé e consolo em sua dor e luto", expressa Noeli Terezinha Leite e agradece "Agradeço ao Jornal A Tribuna do Vale por registrar com presteza e solicitude esse momento impar" e acrescenta "A seu Avelino Deretti, peço a Deus a Felicidade Eterna, ele que sempre acolheu a todos em sua casa e de modo muito especial aos andarilhos".

'Hoje não sou mais um andarilho triste, sou um homem feliz novamente'.

Seremos julgados pelo amor que tivermos com os pobres (Mt. 23, 31-45)