Na noite desta sexta-feira (18), aconteceu a votação do pedido de impeachment contra o prefeito de Ibirama, Adriano Poffo (MDB). Apresentado na Câmara de Vereadores da cidade, o pedido foi rejeitado. O prefeito está preso desde a 4ª fase da Operação Mensageiro, deflagrada no dia 27 de abril.

Após a leitura da denúncia, 11 vereadores votaram, sendo cinco contra e cinco a favor. A votação foi desempatada pelo presidente da Câmara, Fernando Jost (MDB), que votou contra o pedido de impeachment.

Apoiadores do prefeito acompanharam a votação na câmara e levaram um cartaz manifestando posição favorável a permanência de Adriano no cargo.

 Confira como cada vereador votou:

Adolfo Guenther Fiedler (MDB) – votou contra

Alceu Asis Tambani (Podemos) – votou a favor

Adenice Fiamoncini (MDB) – votou a favor

Dalmir Sartor (MDB) – votou a favor

Vereador Jorge Eli de Oliveira (PL) – votou a favor

Nestor Ayres Petersen (Podemos) – votou a favor

Saulo Eduardo Fonseca (Podemos) – votou a favor

Solange Nunes da Silva Vieira (PL) – votou a favor

Valdemar Schaefer (MDB) – votou contra

Valmor Cardoso (MDB) – votou contra

Fernando Jost (MDB) – votou contra

Prefeito foi preso na Operação Mensageiro

O Ministério Público de Santa Catarina iniciou no final de 2022 uma investigação contra a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Na 4ª fase da Mensageiro, foram cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão em 12 cidades catarinenses, incluindo Ibirama.

Adriano Poffo (MDB) foi preso no dia 27 de abril de 2023 e segue custodiado no Presídio Masculino de Lages. No dia 22 de maio, o prefeito de Ibirama teve o seu primeiro pedido de habeas corpus negado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), não recebendo o direito de responder ao processo em liberdade.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, Poffo é suspeito de receber propina para favorecer a empresa investigada, na prestação de serviços no município. O esquema aconteceu em várias cidades do Estado e seu intermediário foi o ex-secretário municipal de administração de Ibirama, que tornou-se réu junto com o prefeito, em 27 de julho.

Após a decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a defesa de Adriano Poffo (MDB) apresentou novo recurso, o que foi negado. Novamente, os advogados do prefeito preso recorreram ao STJ, que manteve a decisão do TJSC.

Na segunda-feira (14), o advogado Marcos Eduardo Floriano apresentou à mesa diretora da Câmara Municipal de Ibirama uma denúncia com mais de 150 páginas, pedindo o impeachment de Poffo (MDB).

Fonte: ND+

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