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Enchente

Prefeita de Trombudo Central comenta sobre maior enchente da história

A cheia do Rio Trombudo ainda deixa marcas na cidade de Trombudo Central. Nesta terça-feira (21), a prefeitura local reuniu a imprensa para detalhar ações de reconstrução e ajuda ao município, que viveu a maior enchente da história na sexta-feira (17).

A prefeita Geovana Gessner (MDB) revelou que o poder público está cadastrando as famílias que tiveram prejuízos devido à enchente. O levantamento aponta que cerca de 3 mil pessoas foram afetadas, representando quase metade da população do município, que conta com 7.274 habitantes, conforme o Censo de 2022 do IBGE.

A enchente deste ano superou a de 1983. A maior enchente pela qual Trombudo Central já havia passado foi em 1983, quando o nível do rio Trombudo atingiu 6,22 metros. Desta vez, na sexta-feira (17), o nível chegou a 8,71 metros, por volta das 17h.

Na mesma data, Trombudo Central registrou incríveis 244 milímetros de chuva em um intervalo de 48 horas, segundo a Defesa Civil do Estado. Ainda no final de semana, o rio Trombudo baixou e voltou para a calha, mas os estragos ainda são visíveis.

Cerca de 90% do comércio da área central ficou alagado, conforme a prefeita. A parte urbana da cidade foi uma das mais castigadas, e os lojistas enfrentaram prejuízos nunca vistos.

Não houve tempo para a retirada de móveis ou pertences, e em muitos prédios a água chegou ao segundo andar. Um exemplo é o prédio em construção da nova prefeitura. A marca na parede é a prova de até onde o nível da água chegou.

Três abrigos foram abertos na cidade, mas o número de pessoas que buscaram esses espaços é pequeno. A maioria das famílias que perdeu suas casas buscou abrigo na casa de parentes, vizinhos ou amigos.

Quem ficou ilhado em casa e perdeu eletrodomésticos, alimentos e roupas está se alimentando à base de marmitas feitas por voluntários, em uma logística liderada pela prefeitura. A distribuição é feita aos moradores pessoalmente por equipes da prefeitura com o auxílio do Exército Brasileiro e do Corpo de Bombeiros, que estão com aeronaves na região.

Uma logística para a distribuição de roupas para as famílias que perderam tudo também está em andamento. O poder público local está buscando voluntários que possam fazer a separação e organização dessas doações e mantimentos que chegam em grande quantidade em comunidades religiosas da cidade.

“Ontem foram mais de mil marmitas que conseguimos fazer e entregar, por isso estamos implorando por voluntários. (...) A cidade ficou apenas com um mercado e uma farmácia; o restante do comércio praticamente foi todo atingido. (...) Mais de 20 residências foram arrancadas pelas águas, e estamos aqui pedindo essa ajuda”, disse a prefeita à NDTV.

A cidade conta com o apoio de equipes de ajuda humanitária do Exército Brasileiro e também do Corpo de Bombeiros Militar. Maquinários serão empenhados para limpeza da cidade, desobstrução ou reconstrução de vias.

Os prejuízos totais da cheia ainda não foram calculados. A rede pública de ensino continua sem aulas por tempo indeterminado.

Na área da saúde, o Posto de Saúde do Centro de Trombudo Central voltou a atender normalmente. A distribuição de medicamentos pela rede municipal de saúde também voltou a ser realizada.

Fonte: Lucas Adriano / ND+


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