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Caso Vanisse

Julgamento do caso Vanisse é adiado pela segunda vez

O julgamento do caso Vanisse Venturi, que ocorreria nesta quinta-feira (16), em Rio do Sul, foi adiado novamente. E, mais uma vez, pelo mesmo motivo: o advogado de um dos réus apresentou atestado médico. Vanisse foi morta em 2020, afirma o Ministério Público, e o marido é o único acusado do crime. O irmão dele teria ajudado a esconder o corpo, que nunca foi encontrado.

 

Em novembro do ano passado, o julgamento foi transferido para março depois de um dos defensores não comparecer à sessão por motivos de doença. Agora, a Justiça determinou que o caso seja julgado na última quinta-feira deste mês, dia 30.


Isonir Venturi é acusado de ter matado a companheira na cidade de Agronômica. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio, além de ocultação de cadáver. Já Isael Venturi, irmão do réu e cunhado da vítima, será julgado por ajudar a esconder o corpo da mulher. Os dois negam os crimes.

 

Para o Ministério Público, o homem matou a esposa porque não queria dividir os bens durante o divórcio. Ele foi preso em junho de 2021. A investigação aponta que Vanisse foi morta depois das 18h de 22 de julho de 2020 no galpão da família, ao lado da casa onde o casal vivia com os dois filhos. O corpo teria sido ocultado pelo irmão de Isonir.

 

As apurações dão conta de que o crime aconteceu momentos depois de o homem receber uma mensagem da advogada da esposa. Um vizinho viu os dois indo para o galpão por volta das 18h e, meia hora depois, só o homem deixou o local. O tênis que ela teria usado quando ia ao galpão foi encontrado pela polícia na casa da família, conforme o Ministério Público.


De acordo com as investigações, o marido recebeu a visita do cunhado, irmão da vítima, por volta das 19h20min, e disse que a esposa não estava em casa. Depois, diferentemente da rotina da família, ainda preparou o jantar para os filhos, alegando que a mãe estava no quarto, com a porta chaveada, por causa de uma suposta dor de cabeça.

 

Perto das 22h, sem saber que era observado pelo filho mais novo, de 12 anos, o homem pegou uma lanterna e saiu da casa. Em seguida, foi visto por um vizinho entrando novamente no galpão. O objetivo, de acordo com a denúncia do Ministério Público, seria preparar o corpo e deixá-lo acessível ao irmão, que se encarregaria de ocultá-lo na madrugada.

 

O cunhado de Vanisse chegou a ficar preso por 30 dias. Isael deixou a prisão em março do ano passado. Ele nega que tenha estado na casa naquela noite.

 

Fonte: Bianca Bertoli / Jornal de Santa Catarina / NSC Total

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