'Não conheço ninguém com uma fé maior que a deles', diz madrinha de menino morto

Os corpos de Francieli Hamm Wiese, de 34 anos, o companheiro dela, Daniel Wiese, 44 anos, e o filho do casal, de 5 anos, estão sendo velados no Salão de Igreja Evangélica no município de Ibirama, cidade próxima a Presidente Getúlio e que também foi atingida pelo temporal. Os municípios ficam no Vale do Itajaí.

A madrinha do filho do casal, Ana Paula Dietrich, disse que ainda não acredita em tudo que aconteceu e afirma que a família era um exemplo para ela.

"Só posso dizer que ela, o Daniel e o pequeno foram um divisor de águas na minha vida! Não conheço ninguém com uma fé maior que a deles."

O velório da avó do menino, Elsa Hilma Wiese, de 82 anos, o tio Dieter Wiese, de 50 anos, e o primo da criança, Andrei Rangel Bozan, de 28 anos, e Vera Kloth Odorizzi, de 48 anos, também ocorre no mesmo local. Os sete corpos serão enterrados nesta sexta-feira (18) no Cemitério Evangélico de Presidente Getúlio. A família Wiese ainda procura por outras três pessoas desaparecidas.

Adoção

Francieli e Daniel adotaram Ariel e a irmã de 13 anos em abril e os documentos do processo judicial ainda estavam sendo finalizados. A menina foi arremessada contra o muro e ficou agarrada à estrutura. Depois da enxurrada, ela foi para a cidade de Ibirama, onde está com parentes.

A outra madrinha do garoto, Jucilene Ulmann Steuck, disse que ainda não conseguiu conversar com a filha do casal, mas acredita que fisicamente ela esteja bem.

"[Francieli] Passou por muitas provações e sempre foi muito temente a Deus. Tinha o dom do canto. Sempre muito alegre...seu sorriso contagiava a todos. [...] Tenho gratidão a Deus por ter convivido com eles."

Dorita Wiese, 55 anos, tia das crianças e que perdeu o filho Andrei, afirmou que a família era muito unida e todos moravam próximo um dos outros, no bairro Revólver.

"Por que Deus permitiu isso? Minha família sempre foi unida, de pessoas boas. Por que a minha?", questionou Dorita na tarde de quinta-feira (18).