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EXCLUSIVO: Conheça Rafael Pezenti, possível sucessor de Peninha

  • - Peninha, Rafael Pezenti e Jerry Comper

Integrantes do MDB o querem como deputado federal em 2022

"É a primeira entrevista da minha vida". Assim, direto de Brasília, Rafael Pezenti concedeu entrevista exclusiva ao Jornal A Tribuna do Vale nesta semana. Aos 33 anos de idade, Rafael Pezenti é o chefe de gabinete do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB/SC) em Brasília. Formado em Jornalismo pela UNIDAVI, desde 2010 atua na assessoria parlamentar. Como Peninha não deve concorrer à reeleição, o jovem tem sido estimulado a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Na edição desta semana do JATV, batemos um papo com ele.


JATV: Para quem ainda não conhece, quem é Rafael Pezenti?

Pezenti: Sou natural de Petrolândia, mas minha família sempre morou no interior de Atalanta. Estudei por quatro anos no seminário e depois fiz faculdade em Rio do Sul. Trabalhei como entregador de gás, vendedor numa loja de instrumentos musicais e em duas emissoras de rádio no Alto Vale. Foi aí que o deputado Peninha me convidou a assessorá-lo. De fevereiro a dezembro sou o chefe de gabinete dele em Brasília. Em janeiro, durante o recesso parlamentar, eu abandono a gravata e volto a ser agricultor, ajudando meus pais na colheita da cebola.


JATV: Caso o deputado Peninha não concorra à reeleição em 2022, seu nome é lembrado para sucedê-lo. Existe essa possibilidade? Você tem essa vontade?

Pezenti: O deputado tem me motivado a buscar esse espaço, mas confesso que nunca tive pretensão. O MDB do Alto Vale tem bons nomes, e posso citar alguns: Jocelino, Gariba, Arno Zimmermann, Betão, Geovana... De qualquer forma, acredito que o debate não deve ser antecipado, o momento exige foco nas eleições municipais. Pouco adianta escolhermos o candidato à sucessão do Peninha agora, se não tivermos uma base boa de prefeitos, vices e vereadores para trabalhar em 2022.


JATV: Em uma possível candidatura em 2022, o senhor acha que existiria algum tipo de rejeição dos políticos tradicionais do MDB do Alto Vale? Ou haveria um apoio irrestrito?

Pezenti: Eu só seria candidato se o MDB do Alto Vale assim quisesse. Para ter sucesso, uma empreitada desta natureza precisa do time unido. Passada a eleição municipal, as lideranças emedebistas de todos os municípios devem se reunir e escolher o nome mais viável. A única coisa que não pode acontecer é perdermos esta cadeira que o Alto Vale tem em Brasília. O candidato escolhido deve ser aquele com mais chances de vencer a eleição.


JATV: Algo similar aconteceu com Jerry Comper que era assessor do saudoso deputado Aldo Schneider. Como você vê a atuação dele na Alesc até o momento?

Pezenti: O deputado Jerry é a maior revelação para a política do Alto Vale em décadas. É inteligente e bem articulado, tem pique para visitar os municípios, ouvir e atender às solicitações. É de representantes assim que a população precisa.


JATV: Muitos falam que o Brasil precisa de uma 'Nova Política'. Você se encaixa nessa 'Nova Política'?

Pezenti: Em 2018, muitos candidatos se elegeram com o discurso da 'Nova Política'. Nosso governador foi um deles. Passada a eleição, o cenário que temos é pior do que aquele em que os "velhos" governavam. O debate não pode ser entre a nova e a velha política. Os eleitores precisam valorizar mais as pessoas do que os números e os partidos. É nisso que eu acredito.


JATV: Qual é a sua ideologia política? Liberal, conservadora, progressista...

Pezenti: Eu me considero liberal na economia e conservador nos costumes. Venho de uma família religiosa, onde o conselho do pai e da mãe ainda vale muito. Fui educado para dar mais valor à palavra dada, do que qualquer papel assinado. O mundo moderno, todo baseado na tecnologia, não pode se sobrepor aos valores construídos pelos nossos avós. Nisso eu sou muito conservador. Quanto à economia, defendo a interferência do Estado apenas naquilo que é essencial: saúde, educação, infraestrutura. De resto, quanto menos o governo se meter, melhor. As pessoas têm que ter mais liberdade para empreenderem e tocarem suas vidas.


JATV: Vimos suas andanças pela região do Alto Vale, através das suas redes sociais. O que deve ser prioridade para o Governo Federal investir na nossa região?

Pezenti: Vejo duas obras essenciais para o desenvolvimento da nossa região. A primeira delas é a duplicação da BR-470, de Indaial até a intercessão com a BR-116. Terminar a primeira parte da duplicação, hoje em andamento, é muito importante. Mas não podemos esquecer que é no Alto Vale onde os acidentes com morte mais acontecem. Precisamos subir com essa obra. E a segunda, que hoje está em fase preliminar, é a construção de uma ferrovia que ligue o Oeste ao Litoral, passando pelo Alto Vale do Itajaí. Vai desafogar a nossa BR e baratear o custo de transporte. 

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