Willian Frederico Jaeger, empresário de 37 anos preso durante uma manifestação em Santa Catarina, foi solto na noite de quinta-feira (24). Segundo a defesa, a liberdade foi concedida mediante a fiança de R$ 50 mil.

A informação foi confirmada pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho. Em nota, a defesa negou que ele tenha agredido um policial.

O caso ocorreu em 7 de novembro na BR-470 em Rio do Sul, no Vale do Itajaí. Dois agentes da PRF ficaram feridos depois de serem atingidos por cadeiras de plástico, churrasqueira portátil, pedras e barra de ferro em protesto, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com a Polícia Federal, que abriu um inquérito para apurar o caso, Jaeger é investigado por tentativa de homicídio, lesão corporal, desobediência e resistência.

O Ministério Público Federal (MPF) disse que processo está sob segredo de Justiça.

O que disse a defesa

"A Justiça Federal expediu no início da noite de ontem (24) o alvará de soltura do empresário Willian Frederico Jaeger mediante a fixação de cautelares e pagamento de fiança no valor de R$ 50 mil. A decisão foi tomada pela juíza federal Micheli Polippo, do TRF 4ª Região, em resposta ao pedido de revogação da prisão preventiva apresentado pelo advogado Claudio Gastão da Rosa Filho. Ele estava preso em Rio do Sul acusado de ter agredido um policial rodoviário federal durante manifestação na BR- 470.

Segundo Gastão Filho, a prisão do empresário "reflete o menosprezo à Constituição, o radicalismo furioso e punitivo, a promoção da ideologia opressiva. A substituição do democrático "apurar e julgar" pelo autoritário "prender e punir" ameaça, como poucas vezes se viu, as garantias fundamentais da pessoa e do processo no Estado Democrático de Direito".

Ainda de acordo com Gastão Filho, "as provas dos autos demonstram que não foi ele quem agrediu o policial. Os vídeos não deixam dúvidas com relação ao agressor. Ele é vitima, foi preso, não resistiu e foi covardemente agredido."

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