Naquela abafada tarde de sábado, 24 de março de 2001, as condições climáticas seguiam dentro da normalidade no Alto Vale do Itajaí, mais precisamente em Vidal Ramos.

No início, predominava um clima seco; contudo, as elevadas temperaturas atuaram como catalisador para a formação de pequenas células de tempestade nos arredores da cidade.

A princípio, a mudança no céu anunciava apenas mais uma típica chuva de verão, com precipitações passageiras. No entanto, o que estava por vir pegaria todos de surpresa.

A enchente

Com o passar das horas, um intenso temporal trouxe uma quantidade significativa de chuva, causando impactos alarmantes nas cabeceiras do rio Itajaí-Mirim.

Isso, instantes depois, resultou em uma enchente de proporções extraordinárias na cidade.

“Como exemplo ilustrativo, imagine o cenário como se uma grande barragem tivesse rompido e a água viesse descendo com uma velocidade assustadora, arrastando tudo em seu caminho,” relembra João Dehon Finck, um dos moradores de Vidal Ramos que testemunharam esse evento na época.

“Acredito que tenha sido a maior enchente já registrada em Vidal Ramos. Nunca vi algo semelhante em toda a minha vida; aqueles que estavam lá naquele momento sabem do que estou falando,” acrescenta Finck.