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Uma paciente de Trombudo Central enfrentou uma situação constrangedora ao ser impedida de levar um acompanhante no carro da Secretaria de Saúde. Maria Rosemeri Prado, que teve uma perna amputada há pouco mais de um ano, foi informada pelo motorista que não havia espaço para outra pessoa no veículo, pois já estava levando a filha de uma servidora pública recém-aprovada na UFSC.
O veículo em questão era uma Spin, com capacidade para sete lugares.
O incidente ocorreu em 23 de janeiro e veio à tona nesta semana. A prefeitura, por meio de nota, afirmou estar investigando a situação. A 2ª Promotoria de Justiça também está acompanhando a denúncia e informou ter aberto uma Notícia de Fato para averiguar preliminarmente os relatos.
Maria, de 59 anos, relatou ter perdido uma das pernas devido a um câncer. Em casa, ela utiliza uma cadeira de rodas e, quando sai, conta com o auxílio de um andador. Para suas consultas de rotina em Florianópolis, um familiar a acompanha. Entretanto, na ocasião mencionada, o serviço, que até então era prestado com qualidade, a deixou desamparada. Para não perder o atendimento médico, ela aceitou a condição imposta.
"O motorista disse que o carro estava cheio e não havia espaço para meu marido ir junto, nem para o meu andador. No carro estavam eu, o motorista, mais dois pacientes, um acompanhante e a filha de uma funcionária da Secretaria de Saúde, que estava com uma caixa de livros", afirma Maria.
A paciente relatou que o motorista tentou tranquilizá-la, informando que o local onde ela passaria pela consulta teria um andador disponível. De fato, isso se confirmou, mas enquanto aguardava o atendimento, marcado apenas para a tarde, precisou ir ao banheiro, e o motorista teve de carregá-la nos braços até a porta. Dali até o sanitário, ela teve que se apoiar nas paredes.
"Conversei com o motorista, e ele disse que isso não deve acontecer novamente, pois em maio tenho outra consulta", acrescenta.
Em nota, a Prefeitura de Trombudo Central informou que convocou "uma reunião em caráter de emergência" para "apurar os fatos e deliberar sobre a abertura de sindicância". Vale lembrar que a Notícia de Fato aberta pelo MPSC é um procedimento padrão para qualquer denúncia enviada ao órgão, passando por análise dos procuradores antes de se tornar um inquérito civil.
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