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No último dia útil de novembro, o dólar continuou sua trajetória de alta, sendo negociado a R$ 6,11 na manhã desta sexta-feira (29). O patamar histórico foi alcançado após os anúncios econômicos feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e detalhados na quinta-feira (28).
Cortes e mudanças fiscais no pacote de medidas
O governo anunciou um pacote de medidas para cortar R$ 70 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026, com a meta de atingir R$ 327 bilhões em economia até 2030. Os cortes incluem alterações no salário-mínimo, programas sociais, aposentadoria de militares e emendas parlamentares.
Outra medida polêmica é a proposta de isenção de imposto de renda para rendimentos de até R$ 5 mil, o que pode gerar uma perda de arrecadação de R$ 35 bilhões. Para compensar, o governo sugere uma taxação progressiva para rendas acima de R$ 50 mil, com alíquotas de até 10%.
Especialistas apontam que a eficácia desses cortes é incerta, o que aumentou a aversão ao risco entre investidores.
Impactos no mercado financeiro
Além do dólar em alta, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, registrou queda de 2,40% nesta sexta-feira, marcando a maior variação negativa desde janeiro de 2023. O índice recuou para 124.330 pontos, com apenas 8 das 86 ações da carteira apresentando alta.
Dados positivos sobre o desemprego não frearam tensão
O mercado também reagiu aos dados do IBGE, que apontaram a taxa de desemprego em 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor índice histórico segundo a PNAD Contínua. Apesar do dado positivo, a pressão fiscal e as incertezas com os cortes dominaram o cenário, ampliando a volatilidade do mercado.
Analistas destacam que, enquanto o dólar segue em alta, investidores esperam maior clareza sobre os impactos das novas medidas no equilíbrio fiscal do país.
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