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O Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos, foi adiado em todo o país. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (03) após integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirem na Sala de Situação que acompanha as tragédias causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, vai anunciar a decisão em entrevista coletiva às 15h.
A posição do ministério vem em meio aos pedidos do governo do Rio Grande do Sul para que a prova seja adiada. A demanda foi divulgada pela situação emergencial ligada às chuvas no estado, que interferem na participação de gaúchos. Ao todo, 96,5 mil candidatos se inscreveram para fazer o exame.
Segundo fontes palacianas houve uma queda de braço entre Dweck e o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, que é gaúcho, e prevaleceu a posição do chefe da Secom. Os dois teriam tido uma conversa tensa após o fim da reunião com os outros ministros na Sala de Situação. Apenas auxiliares estavam presentes.
A previsão de adiamento foi confirmada pelo SBT News. Ainda não há definição de uma nova data para o exame. Acompanhe a transmissão ao vivo, a partir das 15h.
Nesta quinta-feira (02), o Ministério da Gestão anunciou que a data do certame seria mantida e nesta sexta ainda soltou um comunicado informando que o governo iria ressarcir os participantes que não conseguissem fazer a prova.
A decisão dividiu ministros por conta dos custos de adiamento da medida, em torno de R$ 50 milhões, e por questões de segurança jurídica. Na manhã desta sexta-feira (03), o ministro Paulo Pimenta já havia sinalizado que a posição de manter a data da prova poderia ser revista após reuniões no Palácio do Planalto ao longo do dia.
Um dos maiores pontos de divergência para o adiamento estava na ausência de um banco de questões, que concursos tradicionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possuem, o que impossibilitaria o adiamento da prova apenas no Rio Grande do Sul.
Um adiamento apenas no estado aumentaria o risco de judicialização, pois o grau de dificuldade das questões poderia variar, aumentando a possibilidade de uma prova ficar ‘mais fácil’ ou ‘mais difícil’ que a outra.
No fim, prevaleceu a questão humanitária e também política a favor do adiamento. O governo Lula estava sendo alvo de um bombardeio nas redes sociais, sendo taxado como “insensível” à tragédia no Rio Grande do Sul.
*Com informações do SBT News
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